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A Justiça aceitou um pedido feito pelo Ministério Público e determinou o afastamento dos conselheiros tutelares de Tenente Portela, Luiz Duzziati Colloritti, Priscila Eberhart, Ilário Balestrin e Terezinha Bottega Petri. A decisão da juíza Sucilene Engler Werle determina que os quatro deixem imediatamente de exercer as funções e que o município providencie a convocação de suplentes conforme a legislação local.
O pedido de afastamento foi feito pelo promotor de Justiça de Tenente Portela Guilherme Santos Rosa Lopes a partir de Ação Civil Pública que revela uma série de fatos envolvendo a conduta dos requeridos, que trazem descrédito ao trabalho desenvolvido pelo Conselho Tutelar de Tenente Portela, órgão incumbido de zelar pelos direitos das crianças e dos adolescentes, pondo em risco toda a credibilidade do órgão.
Entre as condutas descritas pelo MP estão: desídia (falta de comprometimento) em relação aos deverem funcionais, com elaboração de ofícios genéricos, a falta de apuração acerca da vulnerabilidade das crianças e adolescentes, a prestação de informações errôneas, sem averiguação da realidade dos casos, fatos imputados a todos os réus; a entrega de vítima a suspeito de estupro, fato imputado a dois dos réus, a prática de condutas incompatíveis com a dignidade e prestígio da função, com denúncias de desrespeito à equipe de assistência social, bem como falta de entendimento entre os próprios conselheiros, que teriam criado dois grupos, prejudicando o acompanhamento dos casos.
Na decisão a juíza reforça que a permanência em atividade poderia resultar em danos irreparáveis à comunidade e, especialmente às crianças de Tenente Portela. Por isso, os quatro conselheiros afastados também estão impedidos de concorrer em nova eleição.
Em contato com o agora ex-presidente do Conselho Tutelar Hilário Balestin, ele disse que muitas das denúncias são falsas que ele está procurando os caminhos jurídicos para contestar a decisão da justiça.
Rádio Província