A pequena Luna de Jesus, 7 meses, de Caiçara, filha do Patric de Jesus e da Rosangela Boldt nasceu aparentemente bem, mesmo depois de uma gravidez com algumas complicações pois a mãe acabou contraindo rubéola.
Dentre todas as possibilidades de sequelas indicadas pelo médico a Luna teve apenas uma inflamação no ouvido e surdez temporária, porém, há cerca de 20 dias, a bebê foi levada novamente ao pediatra que pediu uma série de exames e então veio o diagnóstico, escafocefalia, que é a união antes da hora da linha de sutura sagital, ou seja, o fechamento dos ossos do crânio antes do tempo.
O pai da pequena Luna, explica que a doença prejudica o crescimento do cérebro e pode causar além da má formação outras sequelas. “ A tendência é que o cérebro cresça para a parte traseira e frontal da cabeça, causando deformidade e também outras sequelas que podem ir desde a cegueira até prejuízos motores, ou seja, ela não poderia não ter uma vida normal”, conta.
Como a escafocefalia é considerada uma doença séria, sobretudo por alterar o formato do crânio, com chance de causar anomalias, a única forma de tratamento que visa corrigir a doença e que tem ampla aceitação pela comunidade médica é o cirúrgico.
De acordo com os médicos, para que Luna não fique com sequelas, a cirurgia precisa ser feita antes de completar um ano, o que inviabilizaria aguardar na fila do Sistema Único de Saúde, uma vez que o diagnóstico dela foi, de certa forma, tardio. “Nós temos cerca de dois meses para fazer a cirurgia, eu noto que cabecinha dela fica maior a cada dia. É uma corrida contra o tempo, por isso precisamos da ajuda de todos, infelizmente, por causa do tempo, não podemos esperar pelo SUS”, exclama a mãe.
A cirurgia em si visa eliminar essas suturas (linhas fibrosas que unem os ossos do crânio) que se fecharam precocemente e então remodelar o crânio, de modo que o aspecto deformado suma.
A cirurgia deverá ser feita pelo neurocirurgião pediatra Marcelo Paglioli Ferreira acompanhado, também de um cirurgião plástico, em Porto Alegre.
Como ajudar
Para ajudar a família a custear o valor da cirurgia, foi criada uma vakinha on-line, onde todos podem participar doando qualquer valor. A meta é conseguir os R$50 mil, que custeariam todo o tratamento.
Grupo Chirú