
Operação Hipo do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) desarticulou, nesta quinta-feira, 18, um esquema de venda clandestina de carne de cavalos doentes ou mutilados que eram comprados de papeleiros ou até mesmo encontrados abandonados. Eles eram transportados para um abatedouro clandestino, e após o bate a carne seguia para uma empresa irregular que fazia bifes de hambúrguer junto com outras carnes e revendia para bates e restaurantes.
De acordo com a investigação, ao menos 17 estabelecimentos compravam essas carnes, a maioria na Serra, e agora resta determinar se eles sabiam da irregularidade. A suspeita é porque foram encontradas anotações com o nome desses estabelecimentos.
Foram cumpridos seis mandados de prisão preventiva e 15 mandados de busca e apreensão em Caxias do Sul. De acordo com o MP, o grupo não possui autorização para o abate e a comercialização de nenhum tipo de carne, com isso as atividades de armazenamento e comercialização ocorriam sem qualquer fiscalização. No local onde os animais eram abatidos, a polícia encontrou cavalos magros, doentes e até mutilados.
A operação é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP, que investiga o caso há dois meses. Através de conversas interceptadas com autorização da Justiça, foi detectado que o grupo investigado escondia as operações e sabia do péssimo estado da carne. Em um dos áudios um dos envolvidos cita que era necessário lavar as carnes para sair o mau cheiro.
A confirmação do uso da carne de equino veio através da perícia realizada nos estabelecimentos de Caxias do sul. Exames apontaram DNA de cavalo em lanches, misturados com DNA de outros animais, como peru e suíno. O coordenador do Gaeco – Segurança Alimentar, promotor de Justiça Alcindo Luz Bastos da Silva Filho informou que o grupo distribuía em torno de 800 kg semanais.
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