Comportamento
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Você já deve ter escutado sobre as 5 linguagens do amor. Elas foram observadas pelo conselheiro matrimonial, Gary Chapman, que notou que as dificuldades que os casais que chegavam em seu consultório estavam ligados ao fato de que cada um tinha uma linguagem muito particular quando o assunto era o amor.

Chapman publicou um livro intitulado The 5 Love Languages, escrito originalmente em 1992, mas que até os dias, com mais de 12 milhões de cópias, ajuda casais a se entenderem melhor.

“A probabilidade de a linguagem do amor de seu parceiro ser a mesma é improvável. Portanto, quando os casais têm línguas primárias diferentes, é provável que haja mal-entendidos” explica a psicóloga Camila Puertas. “Por outro lado, se o seu parceiro aprender a falar a sua linguagem do amor, ele frequentemente se sentirá amado e apreciado e, por fim, mais feliz no relacionamento. Apesar do fato de que essa teoria existe há quase 30 anos, ela continua a ressoar com as pessoas”.

As 5 linguagens do amor

  • Ato de serviço: São aquelas que gostam de oferecer ajuda, auxílio e cuidados como forma de demonstrar o seu amor. Gostam de ajudar e doar o seu trabalho e sem medir esforços, pois gostam de receber bem as pessoas por meio de ações e serviços. Por exemplo: cuidar da casa, das crianças, da carona.
  • Presentes: É uma linguagem em que aquela pessoa que vai se sentir muito amada, valorizada, quando ela receber um presente e não apenas um objeto de valor, algo que custe muito dinheiro. Mas a intenção de parar, pensar, escolher, fazer algo entregar para aquela pessoa.
  • Tempo de qualidade: Essa linguagem está relacionada àqueles que se sentem amadas e valorizadas quando recebem total atenção do seu parceiro. Por exemplo, você o leva pra um jantar maravilhoso em restaurante que ele queria muito, mas ao longo da noite, está no celular respondendo alguém ou dividindo a sua atenção, embora seja um lugar maravilhoso a pessoa não sentiu que recebeu toda a atenção completa do parceiro.
  • Toque físico: É uma linguagem em que, para a pessoa, é muito importante ser tocada e essa valorização não é somente durante o ato sexual, nas preliminares ou quando a pessoa pensa no toque físico pensando na questão sexual, mas em momentos diferentes, ao longo do dia a dia através de um toque físico, toque, carinho, abraço.
  • Palavras de afirmação: As palavras de afirmação são uma das 5 linguagens do amor e é eficaz para que o ouvinte se sinta confiante, valorizado, importante e amado. Isso é positivo para quem ouve e também para quem fala, uma vez que esse ato é uma forma de demonstrar sentimentos e crenças positivas e verbalizar seu amor pela pessoa, conseguindo tocar o coração de quem possui essa linguagem principal.

É possível ter mais de uma linguagem?

A psicóloga Ana Faustino explica que, baseado no livro, nós temos uma linguagem primária que é como nosso idioma principal, quando escutamos alguém se comunicando naquela linguagem, compreendemos perfeitamente. “Ou seja, essa linguagem me conecta com o outro, faz com que eu me sinta realmente percebida, valorizada, respeitada, amada a linguagem que fala mais ao meu coração, que fala mais comigo” exemplifica a profissional.

“Mas isso não quer dizer que a gente não se sinta bem com as outras linguagens. Por exemplo: Uma pessoa está realizando um trabalho que demanda muito tempo, muito estudo, e a pessoa está assim bem sobrecarregada. Só que a linguagem dessa pessoa é presentes, mas nesse momento da vida, que ela está enfrentando esse trabalho, acredito que ela vai sentir também muito bem, muito valorizada se o seu parceiro percebendo isso ofereça ajuda que possa tirar essa sobrecarga, né? O ato de serviço se torna uma linguagem muito importante, porque naquele momento, naquele período de vida vai de encontro a uma necessidade que ela tem naquele momento, embora a linguagem dela primária não seja essa” finaliza.

Como descobrir a minha? 

Após ler mais sobre as cinco linguagens, alguns já saberão qual é a sua e a do seu cônjuge. Outros, porém, poderão ter mais dificuldade. Portanto, tente responder essas perguntas:

  1. O que faz você se sentir mais amado pelo seu cônjuge?
  2. O que você deseja acima de qualquer coisa?
  3. O que seu cônjuge faz ou diz — ou o que deixa de fazer e de dizer — que magoa você profundamente?
  4. Outra maneira de descobrir é se perguntando: “O que mais pedi a meu cônjuge?

Seja qual for a resposta, é bem possível que ela esteja de acordo com a sua linguagem de amor primária. Segundo Chapman: “Esses pedidos provavelmente foram interpretados por seu cônjuge como crítica. Na verdade, são esforços para assegurar amor emocional da parte dele.” (p. 135). No livro, o autor sugere algumas maneiras e deixa uns questionários que ajudam a verificar a linguagem. Você pode também fazer o teste clicando aqui . 

“A melhor parte em identificar e conhecer sua própria linguagem é explorar o autoconhecimento, que é fundamental na edificação da autoestima e no fortalecimento do ego para o estabelecimento de um indivíduo inteiro que não depende emocionalmente do outro mas que escolhe viver a vida em paralelo ao outro. O fortalecimento do indivíduo por essa via o ajuda a ter relacionamentos mais saudáveis com alto senso de preservação” conta a psiquiatra Mariana Nacif. Além disso, ao compreender e explorar sua linguagem, talvez fique mais fluida a comunicação com o outro e mais evidente qual a melhor maneira de fazer sua linguagem interagir com as demais. Também fica mais clara a necessidade de se comunicar com clareza para o alinhamento de expectativas.

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