Estado
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O governo do Estado confirmou, em coletiva na manhã desta sexta-feira (1º), a redução das alíquotas de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis. Seguindo legislação federal, o Piratini promove a redução do imposto de 25% para 17%. A ação deve resultar em queda nos valores de alguns produtos, como a gasolina, para os consumidores.

O governo cita baixa de 46% na tributação da gasolina em relação ao dia 30 junho de junho, última quinta-feira. Isso significa redução de R$ 0,71 por litro na tributação. O governo estima que as mudanças terão impacto de R$ 2,8 bilhões brutos  na arrecadação do segundo semestre. Desse montante, 25% são das parcelas municipais (6% da previsão do ano em ICMS).

O governador Ranolfo Vieira Júnior confirmou que o Estado está se adequando à legislação, mas demonstrou preocupação. Segundo Ranolfo, essa ação vai afetar as contas públicas do Estado, o que traz um novo desafio para gestão no combate à precarização dos serviços públicos.

Ranolfo reforçou que a medida obriga o Estado a adotar medidas para tentar compensar essa queda. No entanto, ele salientou que esses movimentos não passam pelo aumento em outros tributos:

— Não vamos de maneira nenhuma aumentar outros impostos para compensar isso.

O secretário da Fazenda do Estado, Marco Aurélio Cardoso, afirmou que a preocupação maior é com os efeitos dessa diminuição de arrecadação no longo prazo. Nas obrigações da atual gestão, Cardoso disse que a medida não terá efeito.

— Não está em risco o pagamento de salários em dia neste ano ou o cumprimento das obrigações que o Estado já se comprometeu a fazer nesse exercício.

O governador reconheceu que a redução do ICMS beneficia os consumidores, mas lembrou que o Estado adotou recentemente a redução de impostos, o que, segundo ele, demonstra que a gestão não é contra corte de tributos. O governo reiterou que não há clareza sobre compensação pela União em 2022 e nem previsão nesse sentido para as perdas a partir de 2023.

Mudança no cálculo

Usando o exemplo da gasolina comum, o governo destaca que o preço-base para tributação desse combustível é alterado e não ocorrerá em relação ao valor congelado de novembro de 2021, R$ 6,1796. Agora, a base passa para a média dos últimos cinco anos (R$ 4,9105), segundo o secretário da Fazenda do Estado, Marco Aurélio Cardoso. Esse cálculo será atualizado mensalmente, porque é feito sobre uma média de 60 meses. Sistema nesses mesmos moldes será aplicado sobre a gasolina premium e gás de cozinha (GLP).

O secretário da Fazenda reforçou que é difícil precisar qual será o repasse dessa redução para os consumidores. Cardoso explicou que esse efeito depende de outros fatores, como o livre mercado:

— Em que medida isso vai chegar ao consumidor vai depender dos fatores do mercado. O preço-base que a Petrobras vai praticar, a margem das distribuidoras.

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Gaúcha ZH