Polícia
Foto: Reprodução

Uma mãe suspeita de matar os dois filhos, um menino de três anos e uma menina de 10 anos, foi presa em flagrante na tarde deste sábado (27), em Guarapuava, no Centro-Sul do Paraná. A mulher entrou em contato com um advogado de Santa Catarina, onde morava anteriormente, e confessou o crime.

A mãe teria escondido os corpos durante 14 dias em um apartamento no Centro da cidade paranaense.

A delegada responsável pelo caso, Ana Hass, afirmou que o advogado avisou a escrivã da Delegacia de Guarapuava e os policiais foram até o local.

A mulher disse à Polícia Civil do Paraná que teve um surto e matou os dois filhos, um menino de três anos e uma menina de 10 anos. A suspeita foi detida por ocultação de cadáver e fraude processual.

No apartamento, localizado na rua Benjamin Constant, os corpos das crianças foram encontrados no quarto da mãe, em cima da cama, escondidos embaixo de uma coberta.

Segundo a mulher, ela cometeu o crime no dia 13 de agosto e, por isso, os cadáveres dos filhos já estavam em estado de decomposição.

Conforme a delegada, a mulher contou que estava cansada de cuidar das crianças e que, durante um surto, matou o filho de três anos asfixiado com um travesseiro. A seguir, disse para a filha que a mataria e que cometeria suicídio na sequência.

A menina de 10 anos foi assassinada enforcada com um cachecol, segundo o relato da suspeita à polícia. A mulher continuou residindo no apartamento por duas semanas, junto com os corpos dos filhos deitados no quarto.

Os pais das crianças

A reportagem do Portal ND+ apurou que o pai da criança de 3 anos é morador de Itajaí, no Litoral de Santa Catarina. O pai da menina de 10 anos já é falecido.

Em depoimento, o pai do menino de 3 anos disse que a mulher, que morava em Guarapuava, restringia o acesso dele ao filho.

“O pai confirmou que vinha pagando a pensão de forma correta, que era descontado em folha pelo próprio banco em que ele é colaborador. Ele também disse que, ao contrário do que a mulher alegou, ele tinha bastante dificuldade em acessar a criança posto que ela não liberava muito o acesso, impunha muitas condições. Aparentemente, ela bloqueou o contato com o pai da criança e com os próprios familiares dela também”, destaca Hass.

Suspeita ficou em silêncio

Ainda na manhã deste domingo (27), a delegada já havia informado que em depoimento oficial, ocorrido no sábado (26), a mulher optou por ficar em silêncio.

“O inquérito segue em andamento com oitiva de algumas testemunhas, diligências para juntar laudos, como laudos periciais, instituto de criminalística, instituto de identificação, instituto médico legal e serão ouvidas algumas pessoas ainda, como funcionários do condomínio, juntados alguns documentos, como a frequência escolar das crianças e, tão logo encerrado, o caso será encaminhado ao Ministério Público”, informou a delegada.

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