Polícia
Foto Ronaldo Bernadi/ Agencia RBS

A polícia civil do Rio Grande do Sul, deflagrou na manhã desta terça-feira a operação benzina, que investiga aquisição de postos de combustíveis para lavagem de dinheiro com o cumprimento de mandados em 13 municípios gaúchos, entre eles Frederico Westphalen.

Conforme a polícia, o grupo movimentou em apenas 24 meses pelo menos 18 milhões de reais. São pelo menos 10 pessoas que integrariam o núcleo principal do esquema, incluindo os dois líderes e um empresário investigado por ter ligação com os suspeitos

De acordo com apuração de dois anos da Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), a organização criminosa teria adquirido pelo menos oito postos de combustíveis em sete cidades gaúchas, além de ter comprado imóveis, como um duplex de luxo na Capital, veículos, inclusive Porsche e Ferrari, e até uma lancha de mais de R$ 1,5 milhão.

A operação coordenada pelo delegado Marcus Viafore recebeu o nome de “Benzina”, que é gasolina em italiano. O cumprimento das ordens judiciais ocorre nos seguintes municípios: Porto Alegre, Eldorado do Sul, Campo Bom, Sapucaia do Sul, Canoas, Alvorada e Frederico Westphalen — cidades onde há postos que teriam sido adquiridos por meio da lavagem de capitais —, e também em Tramandaí, Xangri-lá, Venâncio Aires, Gravataí, Novo Hamburgo e Viamão — onde vivem alguns dos investigados.

A ofensiva mobiliza 477 agentes, em 13 municípios gaúchos, para cumprir 86 mandados de busca e nove de prisão temporária em investigação por lavagem de dinheiro.

Viafore ressalta que, em relação aos postos, dois deles estão na zona norte da Capital. O grupo, segundo ele, também ostentava nas redes sociais e teria adquirido 29 veículos que estão sendo apreendidos nesta terça-feira. Além de um Porsche e de uma Ferrari, havia carros de luxo de marcas como Volvo, BMW e uma Range Rover Evoque, entre outros.

Ainda foram confiscados 14 imóveis, a maioria na Região Metropolitana. Um deles é um duplex de R$ 1,6 milhão na zona norte de Porto Alegre e que pertencia a um dos líderes do esquema criminoso que foi assassinado em maio deste ano.

Ainda houve o bloqueio de 41 contas bancárias, mas o número de contas verificadas — que seriam usadas por laranjas e integrantes em geral da facção — passa de cem. Houve ainda a quebra de sigilo fiscal e financeiro de vários investigados e foi solicitada à Justiça a indisponibilidade financeira dos principais responsáveis pela lavagem de dinheiro.  

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Gaúcha ZH