A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o assassinato do taxista Bruno Rosa Miranda, de 21 anos. Ele foi morto na noite de terça-feira (27), no interior de Paverama, no Vale do Taquari, a 95 km de Porto Alegre. De acordo com o delegado responsável pelo caso, José Romaci Reis, em depoimento, o passageiro do táxi confessou a autoria do crime.
Em um primeiro momento, o passageiro, de 20 anos, havia relatado à polícia que ele e o motorista teriam sido vítimas de dois suspeitos que teriam embarcado durante a viagem, entre Taquari e Paverama. Nessa versão, os dois homens teriam assassinado Bruno e fugido em outro veículo.
A investigação encontrou no local do crime uma arma de brinquedo e uma camisa. Segundo a polícia, a peça de roupa pertenceria ao próprio passageiro. Imagens de câmeras de monitoramento na cidade de Taquari revelaram que a camisa é a mesma que o jovem vestia no momento em que chamou o táxi e embarcou no carro.
“Quando apresentamos esses fatos, ele revelou a verdade e confessou o crime”, afirma o delegado.
Confissão
Em um segundo relato à polícia, o passageiro confessou que os únicos envolvidos na história foram o motorista e ele próprio. Segundo o depoimento, o homem não tinha a intenção de assassinar Bruno.
De acordo com a polícia, ele disse que pegou o táxi sabendo que não tinha dinheiro para pagar pela viagem e que, após ser confrontado pelo motorista em razão da falta de pagamento, teria usado a arma de brinquedo para ameaçar o motorista e obrigá-lo a dirigir até a localidade de Boa Esperança, onde ocorreu o crime.
Os dois teriam entrado em luta corporal e o jovem teria asfixiado o motorista contra o banco do carro.
“Ali, a vítima perdeu os sentidos e veio a vomitar. O autor do crime puxou o Bruno para fora do carro pelo pescoço, o que pode ter causado a morte por esganadura. O motorista vomitou na camisa do jovem, por isso ele teria vestido outra peça de roupa e jogado a camisa no mato, bem perto de onde encontramos a arma de brinquedo”, explica o delegado.
Após a confissão de autoria do crime, foi pedida a prisão preventiva do homem por latrocínio (roubo seguido de morte). A pena pode chegar a 30 anos de reclusão.
O suspeito foi conduzido ao presídio de Lajeado. De acordo com o delegado, ele já tinha diversos antecedentes criminais. O corpo do motorista foi encaminhado ao Departamento Médico Legal de Lajeado. A Polícia Civil aguarda os resultados do exame de necropsia para encerrar o caso.
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G1