A Delegacia de Morrinhos, no interior de Goiás, indiciou Camilla Maria Barbosa dos Santos, 27 anos, por crime de estelionato, após investigações que apontam que ela se utilizava da justificativa de ser portadora de câncer de mama para conseguir doações e vantagens financeiras. Ex-namorados e ex-sogras da mulher relataram o caso para as autoridades.
À polícia, as vítimas afirmaram que ajudaram Camilla financeiramente para que ela pudesse comprar remédios e realizar exames, mas que, em um determinado momento, começaram a desconfiar da veracidade da doença.
No interrogatório, a investigada afirmou que tem câncer, com metástase no intestino e no pulmão. Ela disse ter descoberto a condição há alguns anos, mas que tinha sido curada. Contou que a doença retornou no começo de 2022. Segundo Camilla, ela começou o tratamento no Hospital Araújo Jorge, local onde diz ter realizado sete sessões de quimioterapia e que, após o processo, a instituição teria perdido seu prontuário.
O hospital informou a polícia que Camilla nunca foi paciente da casa de saúde. Os responsáveis clínicos relataram aos investigadores que a mulher foi até o local apenas para tirar fotos em uma maca no setor de quimioterapia, utilizando um cartão de identificação interno do hospital, no nome de terceiros.
Conforme a polícia, a mulher gravou diversos vídeos raspando o próprio cabelo para promover campanhas e para arrecadar dinheiro e bancar o suposto tratamento.
A Polícia Civil de Goiás realizou uma busca na residência da investigada, e diversos documentos em seu nome foram apreendidos. Nenhum deles constava que Camilla tenha câncer. Ela própria diz não ter qualquer laudo médico que afirme o diagnóstico por ela relatado.
Gaúcha ZH