Dados da Secretaria Estadual da Saúde (SES) apontam que 490 mil pessoas aguardam para conseguir uma consulta e avaliar uma possível cirurgia no SUS. Ainda conforme a pasta, cerca de 100 mil procedimentos estão na fila para serem realizados.
”Nós estamos falando aqui de um momento diferente da história. A gente tem um represamento de atendimentos eletivos por conta de uma pandemia, que os hospitais voltaram seus atendimentos exclusivamente para os casos de Covid”, afirma a diretora do Departamento de Gestão da Atenção Especializada da SES, Lisiane Fagundes.
Em Porto Alegre, a fila de espera para uma consulta especializada passa de 100 mil solicitações. As áreas de oftalmologia, ginecologia, cardiologia e oncologia lideram os pedidos.
”A pandemia também tirou muito o poder aquisitivo da nossa população. Muitas pessoas que tinha convênio não tem e vieram pro SUS. Nós atendíamos, por ano, 450 mil pessoas. Agora estamos atendendo mais de 750 mil pessoas”, relata o secretário de saúde de Porto Alegre, Mauro Sparta.
Além dos mutirões, uma das alternativas apontadas pelo Piratini é a adesão ao Plano Nacional de Redução de Filas. São R$ 600 milhões que devem ser divididos entre os estados brasileiros.
”Esse plano deve passar pelo Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul entre hoje e amanhã, foi construído junto com o Conselho, e aí a gente tem a publicação de uma resolução e o envio ao Ministério da Saúde”, acrescenta Lisiane.
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G1 RS