Trânsito
Foto: Polícia Civil / Divulgação

A Polícia Civil gaúcha deflagrou nesta quarta-feira (3) a Operação Fortuna, contra um esquema envolvendo lavagem de dinheiro de jogos de azar. Segundo a investigação, depois de explorar atividades ilícitas, como máquinas caça-níqueis, a partir de Gravataí, na Região Metropolitana, uma organização criminosa investia em bens e fazia depósitos em contas bancárias.

A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) apurou que os suspeitos lavaram cerca de R$ 10 milhões em mais de uma dezena de cidades do Brasil. Após instaurar um inquérito, o delegado Guilherme Calderipe, responsável pela investigação, comandou o cumprimento de 57 ordens judiciais na manhã desta quarta.

Segundo ele, 142 agentes participam da ação, sendo seis deles em outros Estados. Calderipe destaca que as ações ocorrem em 17 cidades de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. A polícia conseguiu identificar e monitorar 26 pessoas suspeitas.

— São investigados que exploravam os jogos de azar, mas também são pessoas que atuam como operadoras financeiras, ou seja, fazem a lavagem do dinheiro sujo e ainda há alguns laranjas que emprestam os nomes para a aquisição de bens ou até mesmo as próprias contas bancárias. A principal suspeita é uma mulher que comanda o esquema — ressalta Calderipe. 

O delegado diz que todos os investigados estão respondendo pelos crimes em liberdade, mas serão responsabilizados após a conclusão do inquérito. Os nomes deles não foram divulgados.

Mandados judiciais 

Além de buscas, bens foram apreendidos e contas bancárias, todas em nome de supostos laranjas, foram bloqueadas. Um balanço da operação será divulgado ao longo do dia. São 57 medidas judiciais nos três Estados:

  • 42 mandados de busca e apreensão;
  • 4 imóveis sequestrados judicialmente;
  • 4 mandados apreensões de automóveis, sendo três de luxo;
  • 1 apreensão de lancha; e
  • 6 contas bancárias bloqueadas.
Polícia Civil / Divulgação
Policiais cumprem quatro mandados de busca e apreensão de automóveis, sendo três de luxo, adquiridos pelos suspeitosPolícia Civil / Divulgação

O diretor da 1ª Delegacia Regional Metropolitana (DRM), delegado Rodrigo Bozzetto, diz que o valor movimentado pelo grupo, atualmente estimado em R$ 10 milhões, pode ser ainda maior, principalmente em relação às contas em instituições financeiras. 

— Mais uma ação cirúrgica da Draco no combate aos crimes de jogos de azar. Com os cumprimentos das ações hoje (quarta-feira), dá-se um duro golpe nessa organização criminosa. Para isso, seguiremos descapitalizando e asfixiando financeiramente esse grupo e outros em futuras investigações — avalia Bozzetto.

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Gaúcha ZH