As buscas aos desaparecidos em Caraá, no Litoral Norte, um dos municípios mais atingidos pela passagem do ciclone extratropical no Estado, foram retomadas nesta segunda-feira (19). O tempo seco, apesar do frio, deve auxiliar as equipes a acessaram locais que ainda não foram vasculhados.
O município tem três mortes confirmadas -uma senhora de 73 anos foi soterrada por um deslizamento de terra e um senhor de 76 e o neto de 14 anos foram arrastados pela força das águas. Pelo menos mais duas pessoas estão desaparecidas e há informações desencontradas sobre uma terceira vítima, segundo os bombeiros. Conforme os números divulgados pela Defesa Civil do Estado, a passagem do ciclone provocou a morte de 13 pessoas.
O trabalho tem início no ponto onde estavam a residência das vítimas, seguindo o rastro dos destroços. Ainda há esperança de encontrar as pessoas com vida, isso porque uma das pessoas foi encontrada de cinco a oito quilômetros de distância do ponto inicial, dentro da casa que foi arrastada pelas águas.
Um contingente formado por 96 pessoas de forças de segurança trabalha na cidade. São 12 equipes, formadas por integrantes de Brigada Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Forças Armadas, Instituto-Geral de Perícia e Defesa Civil. Cercado por morros e cortado por quatro arroios e dois rios, a cidade tem uma geografia adversa, que dificulta o tráfego e a comunicação.
Bloqueios
O acesso ao município ainda impõe dificuldade aos moradores e equipes de apoio. Quem entra por Santo Antônio da Patrulha precisa desviar da RS-474 por uma estrada de chão. Mais à frente, no acesso principal ao município, a ponte sobre o Arroio Carvalho cedeu e está bloqueada. É necessário desviar por uma estrada de chão, sinalizada de forma improvisada com placas de papelão. São cerca de 10 quilômetros em uma estrada precária, que dificulta o acesso de veículos mais leves.
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Gaúcha ZH