Polícia
Jair João Franz foi baleado ao chegar em casa na quinta-feira (17), em Teutônia. Foto: Divulgação/Ministério Público

O promotor de Justiça do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) Jair João Franz, baleado durante um ataque a tiros em Teutônia, a 108 km de Porto Alegre, falou ao g1, neste sábado (19), pela primeira vez sobre o caso. Ele retornava de uma partida de futebol quando foi atingido ao chegar em casa. De acordo com a Polícia Civil, foram disparados ao menos 15 tiros.

“Eu tive a maior sorte do mundo. De todos aqueles tiros um que me pegou passou pelo meu braço e se alojou na costela, quebrou uma costela e ficou na costela. Por pouco ele não entra no fígado”, relatou o promotor.

Jair chegou a ser atendido no Hospital de Estrela, município vizinho a Teutônia. Ele recebeu alta na manhã de sexta-feira (18) e se recupera bem.

A Polícia Civil procura identificar o autor dos disparos. As buscas ao suspeito estão espalhadas por cidades do Vale do Taquari. Nenhuma possibilidade é descartada pelas autoridades.

“Houve pelo menos um mínimo estudo do local, uma preparação para o crime. Houve um aguardo da chegada da vítima no local e o disparo de pelo menos 15 tiros que atingiram, boa parte deles, o veículo da vítima. Houve uma preparação, sim, por parte do executor”, afirmou o delegado Juliano Stobbe, que coordena o trabalho da polícia no município.

Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que um homem chega e efetua os disparos em direção ao carro em que o promotor estava. O suspeito sai de uma área de matagal e atira do lado do carona. 

“A gente sabe que essa função de promotor de Justiça, que lida com a criminalidade, é uma atividade de risco, a gente tem consciência disso, mas nunca espera efetivamente que haja um ataque, uma emboscada”, ponderou Jair.

O promotor acredita que conseguiu sobreviver ao ataque a tiros por causa da reação rápida que teve. Segundo ele, foi necessário invadir o portão com o carro e acessar um terreno ao lado da garagem.

“Se eu não tenho reação imediata, naquele momento ele teria me matado. Se eu entro na garagem, provavelmente ele teria me matado. Então é a fé que a gente tem, a força e a coragem”, disse o promotor.

Jair João Frantz atua há quase 14 anos na Promotoria de Justiça de Teutônia. Ele afirma ter convicção de que o crime não tem relação com júri do qual participou.

“Foi um atentado contra um promotor de justiça, contra o Ministério Público e contra o próprio Estado. (…) Foi algo aparentemente planejado. Não se pode dar maiores detalhes quanto às investigações, mas existe uma linha bastante precisa. Eu estou convicto que sei quem é o mandante, mas, enfim, as investigações vão apontar isso”, pontuou Jair.

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G1 RS