A Polícia Civil divulgou nesta sexta-feira (22) que a mulher morta junto com os pais em São Jorge, na Serra, denunciou o ex-marido em duas oportunidades. O último registro policial foi feito na quinta-feira (21), dia anterior ao crime. As vítimas foram identificadas como Tacia Luvizon, 36 anos, os pais dela Ivo Luvizon, 73 e Luiza Bolsoni Luvizon, 74. O autor do feminicídio e duplo homicídio foi identificado como Jucie Vivian, 38, que era ex-marido de Tacia.
De acordo com o delegado Tiago Baldin, em julho de 2022, Tacia fez um registro de violência doméstica contra o ex-marido após ele agredi-la e agredir os pais dela. Ainda segundo o delegado, o pedido de medida protetiva para a mulher foi negado pelo Judiciário, mas concedido apenas aos pais dela com base no Estatuto do Idoso.
Na quinta-feira (21), a mulher fez um novo boletim de ocorrência contra Juce por perturbação após ele descobrir que ela estava em um novo relacionamento. Entretanto, não foi feito novo pedido de medida protetiva.
— Esse é um clássico caso de um agressor covarde que, além de atentar contra a sua ex-companheira, mãe de sua filha de quatro anos de idade, também atentou contra dois idosos — explicou o delegado ao Pioneiro.
O delegado disse ainda que, ao saber do crime, se deslocou ao local e constatou uma “verdadeira chacina”. Ainda segundo ele, foi recuperada a arma usada no crime, uma espingarda calibre 12, bem como diversas munições do mesmo calibre. Após, os policiais também se deslocaram até a residência do autor das mortes e encontraram grande quantidade de munições.
A mulher morta e o ex-marido eram funcionários públicos e trabalhavam na prefeitura de São Jorge, que decretou luto oficial de três dias. A notícia da morte se espalhou por volta das 6h e a prefeitura não abriu para atendimento externo. Um lenço preto foi fixado na porta.
As informações preliminares da Polícia Civil indicavam que, antes de cometer o triplo homicídio, o homem teria ido até a casa do ex-sogros buscar a filha de quatro anos e levado a menina, que morava com a mãe na casa dos avós, para a casa dos padrinhos.
Porém, de acordo com o relato da Brigada Militar, o padrinho da criança, que é cunhado do autor, relatou à BM que o homem havia ligado para ele, pedindo que fosse até a casa da mulher buscar a filha do casal.
Ao chegar na moradia, que fica no interior do município, o padrinho pegou a menina, que estaria chorando, voltou para a área central e acionou a BM. Uma guarnição foi até o local e se aproximou da casa com cuidado, já que o cunhado havia relatado aos policiais que ele tinha arma de fogo e, pelo temperamento, poderia entrar em confronto.
As vítimas foram encontradas já sem vida. Ao lado do corpo do homem, havia uma espingarda calibre 12.
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Gaúcha ZH