A morte prematura de Luana Andrade, uma influenciadora digital e modelo de 29 anos, após uma cirurgia de lipoaspiração nos joelhos, chocou o Brasil e reacendeu o debate sobre os riscos de procedimentos estéticos e a pressão social por padrões de beleza inatingíveis. Luana, que participou do reality show “Power Couple Brasil” em 2022, sofreu uma embolia pulmonar maciça e parada cardíaca durante a cirurgia, uma tragédia que gerou comoção nacional.
A busca incessante por um corpo perfeito, muitas vezes impulsionada pelas redes sociais, tem levado a um aumento significativo no número de cirurgias plásticas. O Brasil, segundo dados da Sociedade Internacional de Cirurgias Plásticas, é o segundo país com o maior número de operações desse tipo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Em 2022, foram realizadas mais de 2 milhões de cirurgias plásticas no país, com a lipoaspiração representando 13% do total.
A lipoaspiração nos joelhos, embora menos comum, é procurada por pacientes que desejam complementar a remoção de gordura de outras partes do corpo. Especialistas afirmam que, embora o risco desse procedimento específico não seja maior do que em outras áreas, ele não está isento de perigos, incluindo riscos anestésicos e fenômenos tromboembólicos.
A morte de Luana Andrade levantou questões sobre a pressão social para atender a padrões de beleza muitas vezes irreais. Gabriel Medina, surfista renomado, lamentou a perda da amiga e criticou a obsessão por corpos perfeitos. A médica e empresária Laí Caldas também expressou sua frustração com a pressão para ter um corpo dentro de um suposto padrão, destacando como até os joelhos se tornaram objeto de escrutínio.
Não foi só por estética
Além das questões estéticas, a influenciadora Brenda Paixão apontou que Luana sofria de lipedema nos joelhos, uma doença das células adiposas que pode causar dor e limitações físicas, necessitando de tratamento cirúrgico em casos avançados.
A tragédia de Luana Andrade serve como um lembrete sombrio dos riscos associados a cirurgias plásticas e da necessidade de uma abordagem mais consciente e segura. Enquanto a sociedade continua a glorificar a beleza e a perfeição física, é fundamental reconhecer os perigos potenciais e promover uma discussão mais ampla sobre saúde, bem-estar e a aceitação da diversidade corporal.
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Luciano Tonatto