Curiosidades
Foto: Reprodução

A onda de calor vivida em boa parte do País nesta semana fez do ar-condicionado um grande parceiro nesses dias de calor intenso. No entanto, a temperatura dele pode ser fator de disputa entre homens e mulheres. E a ciência explica que mulheres sentem mais frio que os homens.

De acordo com endocrinologistas, isso acontece por conta do metabolismo. Os homens sentem mais calor em razão da testosterona, presente em maior quantidade no corpo masculino, o que faz com que eles gerem mais energia e, com isso, tenham um corpo mais quente. Entretanto, estudos mostram que a temperatura mais baixa pode interferir no rendimento das mulheres no trabalho.

Estudo publicado na revista Nature Climate Change, em 2015, analisou 38 mil respostas sobre a satisfação da temperatura nos escritórios em 168 cidades nos Estados Unidos. As respostas indicaram que a insatisfação com o frio era 1,8 vezes maior entre as mulheres. A mesma pesquisa ainda descobriu que o frio nos escritórios atrapalhava o rendimento de 42% das mulheres entrevistadas. Enquanto um estudo mais recente, de 2019, liderado por um pesquisador da USC School of Business, de Los Angeles, nos Estados Unidos, analisou a interferência da temperatura do ambiente no desenvolvimento cognitivo de 500 pessoas, entre homens e mulheres. A descoberta foi que as mulheres tinham melhor desempenho quando o ambiente era mais quente, próximo dos 26°C.

A médica endocrinologista Maria Fernanda Barca, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), explica que os homens sentem mais calor que as mulheres por causa da testosterona presente em maior quantidade no corpo masculino, o que faz com que eles produzam mais energia, ficando com um corpo mais quente.

“Com toda essa testosterona presente nos homens, eles vão sentir mais calor e, consequentemente, vão precisar que a temperatura do ar-condicionado seja muito mais fria do que para nós mulheres, que produzimos menos calor”, disse.

Por essa razão, elas se sentem confortáveis ​​a uma temperatura 2,5ºC mais quente que os homens – ou seja, entre 24 e 25ºC. Apesar de as mulheres sentirem mais frio que homens, isso muda na época da menopausa. Nessa fase, a mulher sente as ondas de calor (fogacho), principalmente, na região da cabeça, pescoço e peito. Isso ocorre mesmo nos ambientes mais frios.

O calor tem gerado temperaturas extremas, com picos históricos. Nesta quinta-feira (16) o Rio de Janeiro bateu o recorde de calor do ano, com 40,6ºC e sensação térmica de quase 60ºC. Na semana passada, os termômetros na capital paulista chegaram a alcançar 37,8°C. No mesmo dia, São Paulo teve um pico de consumo de energia, resultado também do uso de equipamentos de ar-condicionado.

No Brasil, existe uma norma que regulamenta o ambiente de trabalho, incluindo a temperatura, e que é feita pelo Ministério do Trabalho, do governo federal. Na regra, a temperatura do ar deve ficar entre entre 18°C e 25°C. Logo, pela regra, esse limite é o mais confortável para as mulheres.

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O Sul