Economia
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O mercado formal de trabalho no Brasil fechou o primeiro trimestre com a criação de 719 mil empregos, considerando contratações menos demissões. O resultado representa alta de 33,9% em relação ao registrado no mesmo período do ano do ano passado, quando os novos postos com carteira assinada atingiram 536,8 mil.

Os dados consolidados são Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta terça-feira (30). Foi a segundo melhor geração de empregos na série histórica iniciada em 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19.

Em março, o saldo de emprego formal foi de 244,3 mil, acima do teto das projeções de instituições financeiras, gestoras de recursos e consultorias, monitoradas pelo Valor Data. O intervalo dessas estimativas variou de 110 mil a 224,4 mil. Considerando a série de 2020, foi recorde para o mês de março.

O estoque mensal de empregos formais no Brasil, até março desde ano, é de 46,2 milhões. No terceiro mês do ano anterior, o acumulado estava em 44,5 milhões. Ou seja, alta de 1,7 milhão.

O agrupamento de serviços representa cerca de 58% do saldo de empregos formais nos três primeiros meses do ano. A indústria, em segundo lugar, representa aproximadamente 21%. O setor de construção, em terceiro, com 15%.

No mês de março, dos cinco grandes grupos da atividade econômica, quatro registraram saldos positivos (admissões menos demissões). Agropecuária teve queda:

Serviços (+148.722 postos);
Comércio (+37.493 postos);
Indústria (+35.886 postos);
Construção (+28.666 postos);
Agropecuária (-6.457).

Também foi informado que o salário médio dos novos contratados foi de R$ 2.081,50 em março deste ano. Já descontando a inflação, houve queda de R$ 5,25 em relação ao mês anterior e alta de R$ 54,17 em relação a março de 2023.

De todas as vagas formais com carteira, 55% foram para homens e 69% para pessoas com ensino médio completo. O mercado formal de trabalho fechou o primeiro trimestre com a criação de 363,5 mil empregos para o público de 18 a 24 anos. Esse número representa 51% de todo o saldo dos postos com carteira assinada nos três primeiros meses do ano.

Outra pesquisa sobre mercado de trabalho divulgada nesta terça-feira mostra aumento da taxa de desemprego. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE, apontou que a taxa ficou em 7,9% em março, mas é a menor para o período em dez anos.

A Pnad tem um escopo diferente do Caged. Ela reúne dados de empregos formais e informais, é mais abrangente portanto. A Pnad traz dados coletados em regiões metropolitanas do Brasil – os pesquisadores vão a campo coletá-los – e as informações são trimestrais, não mensais como as do Caged. Neste último, os dados são os informados pelas empresas.

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Agência Brasil