Trânsito
1.806 pessoas foram vitimadas no trânsito do Rio Grande do Sul | Foto: Mauro Schaefer / CP Memória

Em 14 Estados do Brasil os sinistros de trânsito mataram mais do que homicídios por armas de fogo em 2022. No comparativo dos últimos 10 anos, entre 2012 e 2022, no ranking dos primeiros cinco Estados da lista, se mantiveram os Estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás, respectivamente. O cruzamento de dados foi realizado e analisado pela Associação Brasileira de Medicina do Tráfego do RS (ABRAMET/RS), com base nas informações do Atlas da Violência 2024, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

São Paulo continua liderando as estatísticas. Em 2022, foram 5.049 mortes no trânsito contra 1.760 homicídios. Minas Gerais aparece em segundo lugar com 3.150 mortes no trânsito e 1.767 homicídios, respectivamente. Em seguida aparece o Estado do Paraná, onde foram registrados no mesmo período 2.736 óbitos por sinistros no trânsito contra 1.858 homicídios. O Rio Grande do Sul aparece em quarto lugar neste ranking, onde 1.806 pessoas foram vitimadas no trânsito e 1.477 perderam a vida por armas de fogo. E, em quinto lugar, Goiás, com 1.716 mortes no asfalto frente a 1.082 homicídios.

Para o presidente da ABRAMET/RS, Dr. Ricardo Hegele, especialista em Medicina do Tráfego, os números revelam uma triste realidade que abala e destrói famílias inteiras ano após ano. “Nenhuma forma de morte trágica é tolerável e, por isto, não podemos banalizar o mal que esta estatística nos apresenta. Não se trata de números e, sim, de vidas humanas destruídas pela falta de medidas eficazes para conter essa violência no trânsito que mata mais que as armas de fogo”

Os demais Estados onde as mortes no trânsito superaram os homicídios no ano de 2022 foram Santa Catarina, Maranhão, Mato Grosso, Piauí, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Rondônia, Distrito Federal e Roraima.

Na totalidade, o Brasil registrou em 2022, 34.892 mil óbitos por sinistros no trânsito e 33.580 mil mortes de homicídios por arma de fogo. Houve queda tanto das mortes no trânsito quanto por arma de fogo no comparativo com 2012, quando 46.681 pessoas foram vitimadas no trânsito e outras 40.648 mil por arma de fogo. No entanto, dez anos depois, mais pessoas continuam sendo vítimas fatais nas ruas, avenidas e estradas do Brasil que continuam ceifando vidas mais que as armas de fogo.

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Correio do Povo