O número de casos confirmados de rotavírus em Santa Maria, na região central do Estado, mais do que dobrou em um período de quatro dias. Conforme os dados da Secretaria Municipal de Saúde, as confirmações subiram de 95 na segunda-feira (7) para 220 na sexta-feira (11), um aumento de 131%.
Dos 220 casos, sete foram diagnosticados por critério laboratorial e 213 por critério clínico epidemiológico. Na quinta-feira (10), eram 211 pacientes com rotavírus.
Atualmente, o município tem 1.123 notificações de pessoas com sintomas de gastroenterite. Se comparado a segunda-feira, eram 752 registros, uma elevação de 50% em quatro dias.
A origem do surto permanece desconhecida, segundo a secretária municipal de Saúde, Ana Paula Seerig. A prefeitura ainda aguarda os resultados do Laboratório Central do Rio Grande do Sul (Lacen) sobre a situação, que devem sair até a próxima semana.
Os casos de rotavírus
O aumento no atendimento de pacientes com doenças diarreicas começou no dia 27 de setembro. O cenário chegou a provocar a suspensão de atividades presenciais na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e em três escolas municipais. Agora, as aulas já foram normalizadas.
O rotavírus é comumente causador de gastroenterite, que se caracteriza por um conjunto de sintomas como vômitos, diarreia e febre. A transmissão se dá por via fecal-oral — o vírus é eliminado nas fezes do paciente, podendo ser transmitido por meio das mãos, quando a higiene não é feita adequadamente — e por água ou alimentos contaminados. Uma pessoa contaminada segue eliminando o rotavírus nas fezes por até 10 dias.
Os surtos são mais frequentes em crianças. É também um dos principais causadores de doença diarreica aguda em adultos, cuja progressão é rápida – a manifestação dos primeiros sintomas ocorre em até 48 horas, de acordo com Tarsila Vieceli, infectologista da Santa Casa de Porto Alegre.
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Gaúcha ZH