O futebol é a paixão do nosso povo!
É por isso que cada brasileiro é um treinador.
Assiste, analisa, discute, torce, vive cada minuto do jogo e repercute ao longo da semana em casa, nas ruas, por onde for.
Uma relação de amor e ódio, totalmente passional.
De uns anos para cá, essa paixão cedeu espaço para outro tema, que causa reações muito semelhantes, pois também acaba gerando reações passionais. A política! Mas há uma diferença importante entre elas. Enquanto o futebol influencia diretamente, apenas aqueles que estão envolvidos profissionalmente ao esporte, a política influencia na vida de todos nós. Ela é a ciência moral de normas que regem a sociedade. É o conhecimento e o estudo das relações em torno do poder. Mas eu também gosto de pensar que a política é aquilo que se faz após as eleições. As realizações planejadas e as vezes prometidas. A execução de um plano para tornar a vida do cidadão melhor! E neste sentido, o time que vence a eleição precisa ter bons jogadores, com preparo físico e mental para buscar os objetivos e vencer os desafios, os jogos do campeonato do dia a dia. Sabemos que é impossível vencer todos os jogos. (Só um time foi campeão invicto. Lá em 1979. Mas isso é outra conversa.) Mas o que importa é vencer o campeonato! O resultado dos pontos positivos conquistados ao longo dos quatro anos do certame. E para isso, de forma imprescindível é preciso ter um bom esquema tático! Aí que entra o dedo do treinador, ou melhor, do Prefeito, que tem em mente a sua estratégia e a transmite para os seus comandados. É importante o auxílio do preparador físico, que é o Vice Prefeito, para dar fôlego a equipe. No gol, o Procurador, que fica acompanhando a atuação do time na retaguarda, mas sempre preparado para impedir de levar gol. Nas laterais do campo, estão o Secretário da Saúde e o da Assistência Social, dando tranquilidade a população de forma a evitar que se leve bola nas costas, acolhendo os necessitados e também indo ao ataque com estratégias de prevenção. Na zaga central temos o Secretário de Finanças, que dá a segurança necessária para que o time possa ir ao ataque sem ser surpreendido. O quarto zagueiro é o Secretário de Administração, que muitas vezes leva a braçadeira de capitão, mas que tem na sua importância, a visão geral do time para colocar em prática as jogadas ensaiadas. No meio de campo, temos os dois volantes que são o Chefe de Gabinete que começa as jogadas distribuindo a bola para o time, de acordo com a estratégia do treinador. E o Secretário de Meio Ambiente, que segura o jogo quando necessário e solta no momento certo de atacar. O meio campo tem também o Secretário de Educação que tem a função primordial de preparar para o futuro, visando o crescimento do time, da torcida e de toda a sociedade. Ainda no meio campo há o Secretário de Obras que tem vocação de ir para o ataque construindo e pavimentando as vitórias. E para completar este meio campo, vem o meio armador, o Secretário de Planejamento, que é o maestro da equipe. Habita todos os espaços do campo, com uma visão total do time, integrando todos os setores no toque de bola e principalmente mantendo o foco no esquema tático. É ele que tem o poder de pifar os atacantes. Lá na frente, o atacante. O Secretário de Desenvolvimento econômico, que atua, como o nome mesmo diz, desenvolvendo jogadas criativas na produção de lances de ataque para chegar a meta, muitas vezes em parceria com o centroavante, buscando as vitórias do time. E para completar o timaço, vem o centroavante, que onde a agricultura é a maior geradora de riquezas da sociedade, é o Secretário de Agropecuária, quem tem a missão de percorrer os campos do interior, dando incentivo e trabalhando para chegar ao gol e fazer a torcida feliz.
Este é o time dos sonhos de todo o cidadão. Com certeza, todo treinador trabalha para isso. Mas é preciso dar tempo para que a equipe jogue e ganhe entrosamento. Porque mais importante do que ter bons jogadores, é preciso formar um time. E lembre-se que a política é a arte do possível.
Por Carton Cardoso