A partir de 15 de janeiro, grande parte dos filtros do Instagram será removida da plataforma. Apenas os efeitos desenvolvidos pela própria empresa responsável pela rede social permanecerão disponíveis.
A decisão está relacionada ao encerramento de uma ferramenta de criação de filtros personalizados que permitia o uso de tecnologias avançadas, como realidade aumentada e gráficos 3D. Com isso, estima-se que cerca de 2 milhões de filtros criados por terceiros deixarão de existir na plataforma.
Razões por trás da mudança
Embora a organização não tenha detalhado os motivos, especialistas em marketing digital apontam que a decisão pode estar relacionada a questões econômicas. A manutenção da ferramenta pode não justificar os custos diante da baixa monetização direta dos filtros, considerando que a manipulação de imagem já está amplamente difundida em outras redes sociais.
Manipulação estética e seus reflexos
Os filtros, que muitas vezes modificam características faciais como o tamanho do nariz ou a suavização da pele, têm impacto significativo na percepção de autoimagem. Psicólogos alertam que esses efeitos podem contribuir para o aumento da insatisfação pessoal, especialmente entre mulheres, que historicamente enfrentam maior pressão estética.
A busca por um padrão inatingível pode gerar sentimentos de inadequação, tristeza e frustração. A dependência emocional de filtros que alteram a aparência reforça ideais de beleza irreais e dificulta o reconhecimento das próprias características naturais como positivas.
Expansão em outras plataformas
Embora o Instagram esteja removendo filtros criados por terceiros, a prática de manipulação de imagem continua forte em outras redes sociais, como TikTok e Snapchat. Essas plataformas oferecem ferramentas ainda mais avançadas, que permitem personalizações visuais em tempo real.
A utilização desses filtros também ultrapassa as redes sociais, sendo empregada em atividades comerciais, como a demonstração de resultados estéticos em serviços de beleza.
O impacto na sociedade
A remoção dos filtros personalizados no Instagram pode ser vista como um marco na discussão sobre padrões estéticos e sua influência no bem-estar emocional. Porém, especialistas acreditam que a mudança não será suficiente para reduzir o impacto da manipulação de imagem, já que os usuários provavelmente buscarão alternativas em outras plataformas.
Reflexões sobre a beleza natural
Com a retirada dos filtros, surge a oportunidade de refletir sobre os ideais de beleza que moldam a autoimagem nas redes sociais. É essencial questionar o que são “imperfeições” e considerar se essas características realmente representam um problema ou se são resultado de comparações com padrões inalcançáveis.
Essa mudança pode abrir espaço para discussões mais amplas sobre aceitação pessoal e saúde mental, incentivando uma visão mais realista e saudável da própria aparência.
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GZH/CNN e outros