
A Polícia Civil cumpre mandados de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (16) contra pessoas suspeitas de envolvimento em um esquema de extorsão de empresários nas regiões Metropolitana de Porto Alegre e dos Vales. As vítimas eram obrigadas a pagar “pedágios” que chegavam a R$ 5 mil sob o risco de, caso não pagassem, terem suas vidas ameaçadas ou suas empresas depredadas por criminosos.
Os alvos da polícia nesta quarta – 10 pessoas físicas e uma jurídica – teriam recebido em suas contas dinheiro obtido com o esquema. Uma das pessoas, uma professora que leciona no ensino público estadual de Novo Hamburgo, é uma delas.
De acordo com o delegado Ayrton Martins Júnior, ela movimentou em uma conta bancária cerca de R$ 5 milhões entre 2021 e 2022 – um ano.
“A movimentação milionária é incompatível com o que ela recebe. Ela foi intimada para prestar esclarecimentos. Além disso, bloqueamos a conta bancária dela até que se explique”, disse o delegado Júnior.
Outro alvo é uma empresa que atua no ramo de compra e venda de veículos. No local, houve a apreensão de 73 automóveis.
Uma pessoa foi presa em flagrante em Novo Hamburgo por posse ilegal de arma de fogo. Somando os valores das contas e bens bloqueados dos 11 suspeitos, o total chega a R$ 13.633.783. Todos podem ser responsabilizadas por lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.
Cidades e mandados de busca e apreensão
Novo Hamburgo – 5 mandados
São Leopoldo – 1
Portão – 2
Cachoeirinha – 1
Porto Alegre – 1
Imbé – 1
Investigação
De acordo com o delegado Ayrton Martins Júnior, a investigação do esquema começou em 2021. Empresários de diversos ramos em cidades das Regiões Metropolitana de Porto Alegre e dos Vales começaram a ser contatados e ameaçados via WhatsApp.
“No começo, cobravam entre R$ 500 e R$ 1,5 mil como uma taxa de segurança. Caso não pagassem, estavam sob pena de sofrerem de depredação das empresas ou violência contra eles. Recentemente, as cobranças já chegavam a R$ 5 mil”, conta o delegado.
Quase 20 suspeitos de envolvimento direto nos crimes foram presos desde 2021. A Polícia Civil acredita que um deles era o chefe do esquema.
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G1 RS