A Câmara deVereadores de Cachoeirinha, cidade localizada na Região Metropolitana de Porto Alegre, aprovou a redução do valores pagos aos políticos que compõem os poderes Executivo e Legislativo. A decisão, acatada de forma unânime, valerá apenas a partir da nova gestão, que começa em 2021.
O prefeito do município ganha, hoje, pouco mais de R$ 27 mil. Em dois anos, o valor será reduzido para R$ 20 mil: ou seja, 30% a menos do que o montante atual. O vice-prefeito foi menos afetado pela medida, com um corte de 20%, e passará a receber cerca de R$ 16 mil.
O atual chefe do Executivo em Cachoeirinha, Miki Breier, do PSB, arma que não foi pego de surpresa com a medida. Ele ressalta que os valores atuais excedem a capacidade fiscal da cidade e que, por isso, a redução se via necessária para garantir a saúde dos cofres. “Qualquer município do Brasil passa por diculdade. Aqui nós pegamos o governo com 77,7% de gastos com Folha de Pagamento, extrapolando e muito a Lei de Responsabilidade Fiscal. Creio que não tem motivo para nenhum vereador ser contrário à decisão”, relata.
Breier criticou, no entanto, a demora da tramitação do projeto no parlamento do município. Ainda conforme o prefeito, os cortes poderiam ter sido implementados antes, para que pudessem vigorar ainda durante a gestão que teve início em janeiro de 2017. “Essa redução que foi aprovada na Câmara só vale no próximo mandato. Na verdade, a Câmara podia ter votado nisso até 6 meses antes do pleito, não tem sentido nenhum ter votado agora”, arma.
Os vereadores de Cachoeirinha também aprovaram a redução dos próprios salários. Na próxima legislatura, os vencimentos carão na casa dos R$ 11 mil, valor que é 5% inferior ao pago na atualidade. O índice foi aplicado, também, aos secretários – que receberão em torno de R$ 10 mil a partir de 2021.
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