Um vídeo gravado em fevereiro deste ano pelo pescador e pecuarista goiano Marcelo Parreira Filho viralizou recentemente nas redes sociais. Nas imagens, é possível ver uma sucuri-verde (Eunectes murinus), popularmente chamada de anaconda, regurgitando outra cobra menor, ainda viva, da mesma espécie. O caso ocorreu no reservatório de uma usina hidrelétrica do município de Caçu, em Goiás.
Além da repercussão na internet, o conteúdo atraiu a atenção de pesquisadores do Instituto Butantan, em São Paulo, que declararam publicamente a intenção de analisar o vídeo para entender melhor o comportamento desses répteis.
Inicialmente, Marcelo publicou uma prévia das imagens em sua conta no Instagram. “Há alguns dias tive a oportunidade desse encontro. Sem dúvida nenhuma um presente de Deus e da natureza. Acredito que uma cena rara de se ver. Uma sucuri gigante regurgitando outra menor. Fiquei sem entender nada. Apenas contemplei”, escreveu no post.
Depois, o pescador compartilhou o conteúdo completo em seu canal no YouTube. O conteúdo completo mostra um dia da rotina de pesca de Marcelo Parreira. Na plataforma, o vídeo conta com mais de 1,2 milhões de visualizações.
Nas imagens, é possível ver o animal menor saindo da boca do maior, e deslizazando de forma rápida em direção à água. Para os pesquisadores do Butantan, é provável que a fêmea tenha regurgitado o macho com o qual se acasalou momentos antes.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, o pescador contou que, antes de sair da água, a cobra passou ao lado do seu barco e que o tamanho dela o impressionou. Ele estimou que a sucuri filmada tenha entre cinco e seis metros de comprimento, quase a mesma medida da embarcação.
A cobra
A sucuri-verde (Eunectes murinus), também conhecida como anaconda, é a maior serpente brasileira. A fêmea pode chegar a seis metros de comprimento, o que equivale a quase o dobro do tamanho do macho.
Essa espécie também é considerada uma das maiores do mundo, disputando a primeira posição com a píton africana, que pode chegar a oito metros de comprimento.
Esse tipo de réptil é encontrado principalmente nas regiões alagadas da América do Sul. A espécie é carnívora e seu peso pode chegar aos 90 quilos.
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Gaúcha ZH