Um fato inusitado tem chamado a atenção da família Costa, em Coxilha, no Norte do Rio Grande do Sul. Há cerca de 10 meses, sete leitões nasceram na proprierade, que fica na localidade de Entre Rios. Só que um deles, com dificuldade para comer e conviver com os outros, acabou buscando o amparo que precisava em uma vaca.
Chuco, como foi batizado, precisou de atendimento de um veterinário, que receitou remédios e reforço na alimentação. O tempo passou e, após desmamar, o leitãozinho adotou a vaca Mansinha como sua mãe.
“Passados alguns dias, meu marido o achou ali no campo, deitado com ela. Eu pensei: ‘vai matar ele, é muito pequeno’. A gente largava a vaca no pasto, ele acompanhava junto. Ficava assustada por ele, mas está dando tudo certo”, afirma Ereni Toledo Costa, produtora rural.
A amizade também se mostra viva na hora de dormir. Chuco e Mansinha ficam lado a lado no curral nos dias mais frios. Na mesma área de terra, são criados cachorros, galinhas, galos e vários outros animais. Apesar da diversidade, a agricultora diz que essa foi a primeira vez que presenciou cenas assim.
Segundo o pesquisador e médico veterinário Ricardo Zanella, casos como esse podem ocorrer em decorrência do instinto materno que está diretamente relacionado com a genética do animal. No caso dos suínos, eles são animais extremamente inteligentes e, com isso, conseguem se adaptar.
Questionada sobre o futuro do Chuco, Ereni garante vida longa para o leitão.
“Tem tantos, por que matar logo o meu? Não, esse aqui eu digo: vai ficar junto aqui, de estimação. Ele sabe até onde eu deito no sofá. Sobe lá e fica”, comenta a agricultora.
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G1 RS