‘Até que a morte os separe’ é a frase que costuma selar cerimônias de casamento. E assim como está nos votos, só a morte separou o casal de idosos Mamédio Alves Magalhães e Ana Araújo Magalhães, moradores de Paranã, na região sul do Tocantins. A história de amor deles impressiona, assim como a idade: ele tinha 105 anos e ela, 100 anos. O casal morreu na manhã desta sexta-feira (30) com uma diferença de apenas quatro horas.
Desde que se casaram, dona Ana e seu Mamédio viveram sempre unidos e como contou a sobrinha-neta que cuidava deles, Ediana Quirino Magalhães, de 38 anos.
“Há cinco dias ele ainda estava bem e ela tinha tido uma pneumonia forte, e não tinha muito o que fazer. A partir daquele momento ele não quis mais se alimentar direito. A gente dava os remédios ele segurava na boca. Isso porque ela estava internada e ele viu ela indo”., relembrou a sobrinha-neta.
Ediana disse que depois de ver a amada sendo internada e voltar para casa bem debilitada, ele começou a definhar por não querer se alimentar. Para que o idoso melhorasse, dona Ana saiu da internação. Mas na quinta-feira (29), quem precisou ir para o hospital foi seu Mamédio.
As últimas horas de vida do casal centenário tiveram que ser separadas, já que seu Mamédio morreu no hospital e Ana em casa. Mas eles partiram no mesmo dia. A diferença entre as mortes foi de cerca de quatro horas, segundo a família.
“Como com minha avó não tinha o que fazer, trouxemos para ficar perto dele. Ele viu o estado dela, ela só piscava e abria a boca. Quando foi ontem [quinta-feira] a gente levou ele para o hospital e o doutor preferiu que ele ficasse para tomar medicação. Na sexta-feira, umas 4h, a gente recebeu a ligação para correr atrás de tudo. Quando foi por volta de 8h, as pessoas que estavam me auxiliando foram dar um banho nela e aí ela ‘foi’ depois desse banho”, disse Ediana.
Sobre os últimos meses do casal centenário, apesar dos problemas de saúde, eles sempre se preocupavam um com o outro. “Ele tinha 105 anos, mas ainda falava. Estava lúcido, lúcido. Ela já não era tão lúcida, mas acalmava só quando a gente falava Mamédio. Quando era meio dia, ela perguntava se a gente tinha dado comida ao Mamédio. Ela não lembrava o nome de mais ninguém, só o dele”, afirmou.
Como não tiveram filhos, era sempre um com o outro. Mas Ediana contou que eles ajudaram na criação de muitas crianças da cidade de da zona rural. “Eles criaram muitos, porque naquela época não tinha muito onde estudar e ela gostava muito de leitura. Então os pais deixaram [os filhos] com eles. E eu fui uma delas”, disse, relembrando a infância ao lado de Mamédio e Ana, que ela carinhosamente chamava de avós.
E velório do casal centenário aconteceu durante esta sexta-feira (30) na fazenda deles, localizada na zona rural de Paranã. Esse era um desejo de seu Mamédio, que foi atendido pela família.
E enterro foi realizado na mesma propriedade às 07:30 deste sábado, 1º de julho.
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