“Me senti aliviado ao devolver”, contou o frentista Cleisson Schrerer, ao relatar para o Grupo Repórter o momento em que localizou o dono da carteira, encontrada por ele nas imediações do Centro Social Urbano.
Aliviado porque, disse ele, a outra pessoa poderia estar precisando do dinheiro para alimentação ou para pagar uma conta. Eram exatos 1.504 reais, que estavam dentro da carteira, encontrada em meio à Avenida Emílio Glitz.
“Passei de moto e vi que havia algo caído na rua, mas estava atrasado e segui. Na sequência voltei, pelo sentimento de que poderia ser algo importante para alguém”, disse Cleisson, que tem 23 anos e trabalha como frentista no Posto DG.
Colocou a carteira na cintura e seguiu de moto até o trabalho. Ao abrir a carteira, em busca de algum telefone de contato, viu que havia cartões de banco e demais documentos pessoais. Num compartimento com fecho, estavam bem guardados exatos 1.504 reais.
Foi então que Cleisson passou a buscar o dono do dinheiro. Primeiro, avisou a mãe e a esposa, e em seguida, os amigos. Um colega de trabalho localizou o dono da carteira no facebook.
O encontro entre os dois foi rápido, contou Cleisson. “Ele parecia apavorado” até receber a carteira e conferir se o dinheiro estava também preservado. Fez vários agradecimentos e como gratidão alcançou 50 reais para o frentista, que resumiu a boa ação:
– Quando era pequeno, minha mãe (Marilice Rustik) ensinou que se tivesse uma moeda em casa, não era para pegar, se não fosse minha. Isso me marcou. O que suado é para uma pessoa conseguir, pertence a ela e não a quem, por acaso, como eu, encontrou. A minha preocupação, desde que encontrei a carteira, foi localizar o mais rápido possível o dono, pois era mais que um salário mínimo”, relatou o rapaz, no contato com a Repórter.
Cleisson repetiu, novamente, ter ficado aliviado ao encontrar o dono da carteira, e também porque “poderia ser eu naquela situação”.
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Grupo Repórter