“O agressor sexual infantil costuma trabalhar com o segredo”, diz perita

De acordo com a perita médica legista psiquiatra Angelita Rios, é importante estar atento a alguns comportamentos que podem ser sinais de alerta para abuso infantil. A perita destaca que nem sempre é possível identificar um potencial abusador, pois muitas vezes essas pessoas se misturam na sociedade e podem até mesmo ser responsáveis por crianças.

No entanto, ela sugere que é importante estar atento quando uma criança recebe presentes inusitados ou demonstra comportamentos suspeitos.

Agressores sexuais de crianças e adolescentes frequentemente usam táticas como presentes, doces e ameaças para manter o delito em segredo e repetir a prática. No caso recente em Tramandaí, o agressor usou um picolé e uma bola para atrair a menina e trancá-la dentro de um alçapão. É fundamental que pais, educadores e comunidades estejam alertas para esses sinais e trabalhem juntos para prevenir e combater o abuso infantil.

Sinais de alerta:

– Agressividade

– Baixo desempenho escolar

– Tristeza profunda

– Comportamentos sexualizados

– Perda de apetite ou compulsão alimentar

– Insônia, pesadelos frequentes ou querer dormir com a luz acesa

– Reação ao toque, como ao ser abraçado

– Repúdio a alguma pessoa, como um familiar

– Hematomas no corpo da criança

– Dor, inchaço, sangramento ou infecção na área genital

– Dor na barriga

– Dores no baixo-ventre

Como agir:

Responsáveis:

1. Oriente a criança sobre seu corpo e toques indevidos.

2. Não deixe a criança sozinha com adultos desconhecidos.

3. Cultive um ambiente de diálogo aberto.

4. Esteja atento às redes sociais.

5. Procure a polícia se tiver conhecimento de qualquer situação de abuso.

Escola:

1. Mantenha relação estreita com órgãos policiais.

2. Crie uma cultura de participação dos alunos.

3. A equipe da escola deve valorizar a palavra da vítima.

Ao identificar sinais de abuso:

1. Ouça e acredite na palavra da criança.

2. Proteja e afaste a vítima do possível agressor.

3. Denuncie imediatamente:

– Acione a Brigada Militar pelo 190.

– Registre ocorrência na Polícia Civil.

– Disque 100: ligue para o canal do governo federal para denúncias anônimas.

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Gaúcha ZH