Comportamento

Policiais militares se esconderam no banheiro do Supremo para não enfrentar manifestantes extremistas no dia 8 de janeiro

No auge da invasão ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 8 de janeiro deste ano, um grupo de policiais militares do Distrito Federal se escondeu no banheiro enquanto agentes da Polícia Judicial tentavam conter a horda extremista que depredava o que via pela frente no plenário da Corte. O custo do quebra-quebra causado pelos vândalos foi estimado em R$ 11,4 milhões, segundo documentos compartilhados pelo STF com a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Extremistas.

O relatório produzido pela Corte detalha o gasto estimado para restaurar por completo todos os bens danificados no 8 de janeiro. A cifra poderia ser ainda maior porque não inclui 112 itens de valor inestimável que foram estragados, roubados ou destruídos, como um dos nove lustres de cristal no estilo Napoleão III, datado de 1870. O item foi quebrado pelos vândalos e não pôde ser restaurado.

Uma parte do tempo que durou o ataque violento contra o patrimônio público foi gravada pelas câmeras do circuito interno do STF, que também se tornaram alvo dos vândalos assim que eles perceberam que estavam sendo filmados. Os dispositivos flagraram o momento em que os agentes de segurança da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) entraram no banheiro para se esconder dos golpistas que depredavam as instalações do edifício-sede, segundo relataram fontes que assistiram ao material.

No dia 8 de janeiro, 54 policiais judiciais estavam escalados para fazer frente a eventuais ameaças que surgissem nas manifestações. Eles têm a função de proteger o patrimônio da Justiça e podem atuar apenas dentro dos limites da Corte. Após a invasão, 21 agentes de outros tribunais foram deslocados ao STF para reforçar a segurança. Enquanto a Polícia Judicial protege da porta para dentro, cabe à PM do DF impedir que quaisquer manifestantes se aproximem dos prédios públicos.

Por esses motivos, a atuação da Polícia Militar está entre as prioridades da investigação conduzida pela CPMI. Na última semana de junho, o Supremo encaminhou ao colegiado os relatórios que detalham cada item danificado durante a invasão golpista e que podem guiar as próximas fases da apuração.

Inestimáveis

Na lista de objetos inestimáveis depredados constam bens históricos, como o jarro em porcelana no estilo Luiz XV, que aguarda até hoje para ser restaurado.

Dentre os itens “não localizados”, ou seja, que foram roubados pelos golpistas, constam um prato de madeira de Belarus, uma bandeja de metal da Índia, utensílios de vidro das Filipinas e as togas de quatro ex-ministros da Corte.

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O Sul

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Direção e redação.

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