Comportamento
Foto: Agencia RBS

Um policial civil foi detido em flagrante por uma guarnição do 9º Batalhão de Polícia Militar em Porto Alegre, na manhã deste sábado (27). A guarnição foi chamada para controlar o agente, que estava de folga e caminhava pelado dentro de um motel no bairro Azenha, batendo em todos os quartos e “bastante agressivo”, confome o relato dos PMs que atenderam à ocorrência.

O policial, um inspetor, estava acompanhado de uma mulher e os PMs tiveram de usar a força para controlá-lo. Conforme narrativa da mulher que o acompanhava, o agente fez uso de vários pinos de cocaína, de tal forma que entrou em convulsão. Após acordar, transtornado, ele saiu nu do quarto e começou a bater em todas as portas e garagens do estabelecimento, até que funcionários chamaram a Brigada Militar para conter o servidor público.

No quarto onde se encontrava o policial foram encontrados e apreendidos 22 pinos com cocaína e 15 pinos vazios, utilizados para guardar a droga e que, segundo a mulher que acompanhava o agente, foram usados por ele. Os PMs também apreenderam a arma funcional do inspetor (que ele levava no motel), seus documentos e dinheiro. O caso foi considerado posse de drogas (para consumo), e não tráfico. Ele foi detido também por perturbação da ordem social e infração da Lei Maria da Penha, por ameaçar sua acompanhante.

O agente trabalha no Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc),como plantonista. Conforme do delegado Carlos Wendt, chefe de operações do Denarc, o agente esteve recentemente afastado do serviço, para tratamento de saúde.

— Ao que tudo indica, parece ter tido uma recaída. Foi autuado em flagrante e todas a medidas legais foram tomadas. Ele não trabalha com investigações do Narcotráfico e não tem acesso a drogas no Departamento.  É um episódio isolado e que demonstra a importância do trabalho de repressão ao comércio dos entorpecentes, pois o problema das drogas é implacável, atingindo todos os setores da sociedade, sem exceção — comenta Wendt.

Procurada pela reportagem, a direção do motel não foi encontrada. A atendente  informou que só na segunda-feira a gerente poderia conversar a respeito. Não foi fornecido ao repórter o contato da gerente.

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Gaúcha ZH