Curiosidades
Foto: Reprodução

Um vídeo feito pela Polícia Civil durante a Operação Vigário, em Curitiba (PR), intrigou policiais nesta semana. O áudio da mídia mostra ruídos que se assemelham a sussurros de uma pessoa, o que chamou a atenção dos agentes.

As imagens feitas de dentro de uma viatura seriam usadas de arquivo para documentar a ação da DFRV (Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos de Curitiba), que buscava prender quatro pessoas acusadas por crimes de associação criminosa, estelionato e extorsão, entre elas uma cartomante.

O policial responsável pela filmagem conta que estava acompanhado de outro agente que era motorista da viatura no momento que fez o vídeo. Ele lembra que o rádio do automóvel estava num volume mediano, o que lhe intrigou.

“Quando paramos no semáforo gravei a parte de trás da viatura onde aparece a sigla com o giroflex de trás ligado. Em casa, quando fui ver os vídeos, escutei esse barulho esquisito”, contou Luiz.


O agente de polícia diz que era perto das 6h da manhã quando fez o registro. A janela da viatura estava aberta e não ventava. “Eu só gravei porque depois íamos editar a operação, foram seis ou sete segundos”, comentou.

Investigação

O grupo de quatro pessoas seria responsável por crimes de associação criminosa, estelionato e extorsão. A polícia aponta Priscila Pérola Janoviche, de 29 anos, a ‘Mãe Priscila’, como chefe da organização.

Em Chapecó, a cartomante prometia trabalhos milagrosos por dinheiro, como uma visão do futuro. Mas as promessas nunca se realizavam, o que motivava o pedido de mais dinheiro. Cada consulta custava R$ 50, porém, uma vítima chegou a investir R$ 270 mil nos trabalhos religiosos.

Ao menos 20 pessoas de cidades do Oeste de Santa Catarina procuraram a polícia com acusações contra a cartomante. A investigação, que iniciou há oito meses, estima um prejuízo de R$ 900 mil. Os recursos eram aplicados em pelo menos nove contas bancárias de terceiros, que foram bloqueadas após decisão judicial.

Quatro mandados de prisão preventiva foram cumpridos nesta semana no Paraná, mas ninguém foi localizado e o grupo segue foragido. A identidade de três deles foi revelada pela polícia após decisão judicial.

Peperi