Em um momento em que o país enfrenta um forte crescimento de novos casos do Coronavírus, com uma velocidade assustadora devido à nova variante Ômicron, mas que está trazendo menos mortes do que quando não havia a vacinação no Brasil, um homem foi flagrado ontem (25) distribuindo panfletos contra a vacinação em pleno centro de Passo Fundo. Uma versão de fake news impressa.
O homem distribuía o material nas paradas de ônibus do centro, com as cores no papel em verde e amarelo e informando pertencer a um grupo chamado “PELAVIDA”.
Entre os tópicos numerados no panfleto estão argumentos do tipo: os laboratórios não assumem a responsabilidade pelos efeitos colaterais. Também acusa estes efeitos colaterais de estarem causando a morte de milhares de pessoas, destacando jovens saudáveis como vítimas.
Também há nos panfletos criticas á vacinação infantil. O folheto diz que crianças e adolescentes são imunes ao vírus por terem seus organismos fortalecidos e pede que as pessoas não vacinem seus filhos. Todas a acusações do material, que vão contra tudo que a ciência e a prática já mostrou, causaram a revolta de muitas pessoas ,que procuraram a Uirapuru, enviaram fotos dos panfletos e repudiaram o que classificam como um desserviço e até mesmo um atentado contra a saúde.
Ainda na tarde de ontem (25), antes de saber deste fato, a Uirapuru conversou com a Secretária Municipal de Saúde, Dra. Cristine Pilati, que trouxe justamente dados sobre o efeito das vacinas na pandemia à nível local. Conforme a secretária, as vacinas impediram uma situação caótica frente aos mais de 3.700 casos ativos na cidade. Em momentos anteriores, com menos da metade de casos ativos, mas sem as vacinas, a cidade chegou a registrar em uma semana 35 mortes somando moradores locais e de fora. Neste ano, desde o início do mês, Passo Fundo teve dez óbitos registrados, entre moradores locais e da região, evidenciando a eficácia das vacinas.
A Secretária frisou ainda que nenhum dos óbitos deste ano foi de uma pessoa sem comorbidades e com a imunização completa. Ou seja, os óbitos envolveram pessoas já com graves comorbidades ou esquema vacinal incompleto. Autoridades locais já tomaram ciência e o caso está no Ministério Público.
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Rádio Uirapuru