Denúncia
aqueline Quadros morreu em junho de 2023 após o parto do terceiro filho, aos 24 anos. Foto: Arquivo pessoal / Jaqueline Quadros

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Passo Fundo concluiu que não houve erro médico na morte de Jaqueline Quadros da Silva Ferreira, grávida que morreu depois do parto do terceiro filho em junho de 2023. Por isso, ninguém será indiciado no caso.

O inquérito foi concluído em 10 de janeiro. Conforme a delegada responsável pelo caso, Daniela Minetto, a investigação ouviu os profissionais que participaram do parto e nos procedimentos posteriores. A hipótese de corte acidental de uma artéria foi descartada.

— Encerrei o inquérito dizendo que não houve erro médico no procedimento, mas sim complicações advindas do parto em decorrência do perfil e estado físico da paciente — afirmou Minetto. 

Na investigação, a polícia verificou que a mulher de 24 anos já havia passado por duas cesáreas anteriores. Por isso, as paredes do útero eram finas, condição conhecida como “útero friável”. Ao constatar a condição, dois médicos decidiram em consenso que a solução seria remover o útero da paciente. Durante o procedimento, porém, Jaqueline perdeu muito sangue, afirmou a delegada. 

Quando o procedimento foi concluído, a paciente foi encaminhada para a ala de recuperação. Neste momento, ainda conforme o inquérito policial apontou após o relato de médicos e enfermeiros, Jaqueline apresentou queda de pressão e alteração nos sinais vitais.

Uma nova cirurgia foi realizada. Neste novo procedimento, os médicos buscaram encontrar o motivo da alteração no quadro de Jaqueline. A equipe, então, constatou que a paciente tinha uma hemorragia disseminada, condição que causa o descontrole químico do corpo e impede o organismo de fazer a coagulação. 

— Então ela começou a apresentar perda de sangue e eles começaram a repor, mas ela não reverteu o quadro e morreu em razão disso — declarou a delegada Daniela Minetto. 

A reportagem procurou a advogada da família de Jaqueline, mas não recebeu resposta ao pedido de posicionamento até esta publicação. O caso tramita em segredo de justiça na 2ª Vara Criminal de Passo Fundo.

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