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Todo smartphone tem uma data de validade. Chega o dia em que as atualizações de software param de chegar e o usuário começa a perder novos aplicativos e protocolos de segurança. Na maioria dos telefones, isso costumava acontecer depois de apenas três anos. No entanto, isso está começando a mudar. O novo número é sete.

A mudança foi notada pela primeira vez com o lançamento do smartphone Pixel 8, de US$ 700, do Google, em outubro do ano passado. O Google anunciou que havia se comprometido a enviar atualizações de software para o aparelho por sete anos, em vez de três anos para os Pixels anteriores.

O mesmo cronograma de software foi adotado pela Samsung, a fabricante de celulares Android mais lucrativa, para o seu smartphone Galaxy S24, de US$ 800. Em seguida, o Google anunciou que faria o mesmo com seu Pixel 8A, de US$ 500, a versão econômica do Pixel 8, que chegou às lojas dos EUA esta semana.

Ambas as empresas afirmaram que expandiram o suporte de software para aumentar a durabilidade dos seus celulares. As gigantes da tecnologia, que anteriormente incentivavam os consumidores a trocar de aparelho a cada dois anos, viram as vendas de smartphones diminuírem à medida que as melhorias nos dispositivos se tornaram menos perceptíveis. Atualmente, os consumidores querem que seus telefones durem mais.

Samsung e Google estão tentando alcançar a Apple, que tradicionalmente fornece atualizações de software para iPhones durante aproximadamente sete anos. Essas mudanças visam prolongar a vida útil dos aparelhos e proporcionar mais flexibilidade aos consumidores na hora de decidir trocar de celular.

O Google declarou que a expansão do compromisso de software para o Pixel 8A visa aumentar a confiança dos usuários nos aparelhos Pixel. A Samsung, por sua vez, anunciou que passará a oferecer sete anos de atualizações de software para todos os seus principais smartphones Galaxy, com o objetivo de aumentar a segurança e a confiabilidade dos clientes.

No passado, os fabricantes de telefones Android alegavam que o processo técnico de fornecer atualizações de software era complicado e que, para manter a lucratividade, abandonavam o suporte após alguns anos. Agora, as empresas de tecnologia estão sob intensa pressão externa para investir na durabilidade de seus dispositivos.

Em 2021, a Comissão Federal de Comércio dos EUA anunciou que iria aplicar mais rigorosamente a lei contra empresas de tecnologia que dificultassem o conserto e a manutenção de seus produtos. Isso impulsionou o movimento “direito ao reparo”, uma legislação que exige que as empresas forneçam peças, ferramentas e software para prolongar a vida útil de seus aparelhos. Estados como Califórnia, Nova York, Minnesota e Oregon, nos EUA, promulgaram esse tipo de legislação.

O Google anunciou seu novo compromisso com smartphones após ser pressionado a adotar uma medida semelhante para seus laptops. Em setembro de 2023, a empresa concordou em expandir o suporte de software para seu Chromebook para 10 anos, em resposta a uma campanha popular que destacou como os laptops de curta duração do Google estavam causando problemas financeiros nas escolas.

Nathan Proctor, diretor da U.S. PIRG, uma organização sem fins lucrativos que liderou a campanha do Chromebook, afirmou que o novo padrão de sete anos de suporte para smartphones teria um impacto ainda maior. “É uma grande vitória para o meio ambiente”, declarou ele.

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O Sul