Economia
Foto: (Marcelo Beltrão/Exame)

Guararapes (GUAR3), dona da Riachuelo, anunciou na terça-feira (10) que encerrou suas atividades na fábrica de Fortaleza para centralizar as atividades em Natal. Foram demitidos, ao todo, dois mil colaboradores.

De acordo com comunicado à imprensa, a companhia afirma que, a todos os demitidos, foi oferecido a extensão do plano de saúde pelo dobro do aviso prévio e o valor de meio piso salarial. As máquinas de costura industrial foram doadas às costureiras e aos demais foi fornecido um adicional de mais um salário.

No comunicado ao mercado, a varejista afirma que a decisão faz parte do planejamento estratégico, “com foco em otimizar a operação fabril para intensificar a reatividade, eficiência e competitividade, aliado a um crescimento sustentável”.

As lojas da marca continuarão funcionando normalmente no estado do Ceará.

A busca por eficiência por parte da companhia condiz com o momento pela qual a própria Guararapes — que segue em busca de um sócio — e o varejo brasileiro passam, com os resquícios da inflação em patamares elevados e do aumento dos juros.

Boa parte disso já apareceu no ano passado. A varejista teve um 2022 desafiador (assim como todo o setor), com redução de lucro líquido trimestre após trimestre. Nos dados dos três meses encerrados em setembro, a última linha do balanço ficou positiva em R$ 3,5 milhões, queda de 56,5% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita líquida cresceu 9% no período, para R$ 1,98 bilhão e, o Ebitda ajustado, 11,1%, para R$ 235 milhões.

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