Apesar do avanço da tecnologia bancária, seis em cada 10 brasileiros ainda usam somente dinheiro em espécie. A constatação está em uma pesquisa sobre meios de pagamentos, que a gente antecipa com exclusividade.
Luciana Oliveira da Silva tem um pequeno salão de cabeleireiro em casa, e só aceita pagamento em dinheiro vivo: “eu tenho que comprar as coisas pra dentro de casa e tudo isso. Então, se você tem dinheiro em mão, é mais fácil de você estar comprando as coisas”.
A cabeleireira não está sozinha. O estudo do Instituto Locomotiva mostra que 63% dos brasileiros preferem as cédulas de papel no lugar dos cartões.
“Tem a ver com segurança, hábito e controle financeiro. É o sujeito que, sabe aquela frase ‘dinheiro na mão é vendaval’, hoje é ‘dinheiro no cartão é vendaval’. Ele acha que controla melhor o dinheiro, tendo dinheiro vivo na carteira”, afirma o presidente do instituto, Renato Meireles.
O estudo mostra ainda que o dinheiro é a forma preferida de pagamento para as pessoas na faixa etária entre 35 e 44 anos e consumidores das classes D e E. Há também o universo de brasileiros que não têm conta em banco, nem acesso à internet de qualidade.
“A gente sabe que a tecnologia chega com menor força entre a população mais pobre e entre os moradores daquelas regiões mais distantes das grandes cidades, regiões que muitas vezes não tem nem uma agência bancária”, diz Meireles.
O estudo conclui que o dinheiro vivo ainda terá força pelos próximos 10 anos. Adepta da pechincha, Luciana também confirma outro dado do levantamento: 15% usam as cédulas para negociar descontos.
“Se eu estiver com o cartão de crédito, eu não vou ter desconto. Então, o dinheiro não, você vai pagar à vista e, ainda fora disso, você tem o desconto, nada como chorar e ter o desconto à vista”, afirma a cabeleireira.
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SBT News