Economia
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Desde o lançamento do Pix, meio de pagamento instantâneo e gratuito, que iniciou a operação em novembro de 2020, bateu recordes e já superou todas as outras modalidades: saques em dinheiro, transferências por TED ou DOC, boleto bancário e até transações com cartões de débito e crédito. O objetivo atual do Banco Central (BC) é oferecer novas ferramentas e melhorias, como a possibilidade de compras parceladas, por exemplo.

Atualmente, são mais de 155,8 milhões de usuários cadastrados. E, em um único dia, há houve 163 milhões de operações. De acordo com o BC, de 16 de novembro de 2020 até 31 de outubro de 2023, foram realizadas 66,5 bilhões de transações via Pix, movimentando R$ 29,7 trilhões na economia brasileira.

O Pix registrou 17,6 bilhões de transações, o que representa 93% de todas as outras opções juntas somadas. O levantamento da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) leva em consideração os dados do primeiro semestre deste ano.

Já há mais de 674 milhões de chaves Pix, a maioria usando números aleatórios. Uma das maiores preocupações com o uso do Pix é com os golpes e fraudes. Segundo uma empresa antifraude, quatro em cada dez brasileiros já sofreram alguma tentativa de golpe com o meio de pagamento, e 22% destes caíram no golpe. Além disso, 40% dos entrevistados conhecem alguém que já sofreu algum golpe envolvendo o Pix. E, das vítimas entrevistadas, 78% caíram mais de uma vez em algum golpe com Pix.

Quando a vítima tem mais de 60 anos, o valor médio roubado é de R$ 5.400 por golpe. Já quando possui idades de 18 a 39 anos, a média de dinheiro perdido é de R$ 680 por golpe.

Uma das propostas da Febraban é incrementar o sistema de devolução do Pix para alcançar até cinco transferências de dinheiro usado em operações suspeitas de fraude.

Para tentar reduzir o número de casos, o Banco Central e as instituições financeiras estão lançando recursos para evitar crimes ou recuperar o dinheiro roubado. Além das ferramentas para impor limites de transferência durante o dia e durante a noite, os bancos também já oferecem limites diferentes para operadores feitas pelo celular e nas transações via internet banking pelo computador.

Chamado Mecanismo Especial de Devolução (MED), o sistema foi criado para ampliar a proteção ao usuário. O recurso ajuda a reaver dinheiro de consumidores vítimas de fraudes, golpes incluindo em transações Pix.

A Febraban propôs ao Banco Central a reformulação do MED do Pix, em caso de golpes e fraudes. Segundo Walter Faria, diretor adjunto de serviços da Febraban, hoje o sistema só verifica a primeira camada de destino do dinheiro, o que pode não ser suficiente para recuperar o recurso roubado, se ele for transferido para contas laranjas. A proposta é expandir para até cinco camadas de triangulação e transferências. A Febraban espera que a função esteja disponível no ano que vem.

Melhorias

– Pix Parcelado: Essa função permite que o usuário parcele uma compra realizada por meio do Pix. O valor total da compra é dividido em parcelas debitadas.
– Pix Automático: Os usuários vão poder agendar todo mês o pagamento via Pix para contas como se fosse um débito automático para contas de pagamento recorrente. Deve entrar em operação em 2024.
– Pix offline: A ferramenta poderá ser usada sem a necessidade de uma conexão com a internet para facilitar o pagamento de pedágios, transporte público e outros serviços.
– Pix por aproximação: Uma forma de usar a forma de pagamento semelhante aos cartões atuais, celulares e smartwatches, por meio de tecnologia de aproximação.
– Pix Internacional: O Pix também poderá se integrar com sistemas de pagamentos instantâneos internacionais. Ainda não há previsão para implantação.

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