O ônibus com a delegação do Grêmio foi atingido por pedras, na tarde deste sábado (26), quando se deslocava para o Beira-Rio para a partida contra o Inter. Conforme imagens divulgadas pelo clube, o volante paraguaio Mathías Villasanti foi atingido por um bloco de concreto e outros jogadores foram alvejados por estilhaços de vidro, o que motivou a presidência do clube a anunciar a desistência da disputa do clássico Gre-Nal.
“Não, nós não vamos jogar. Comunicamos a Federação [Gaúcha de Futebol]. Há um desequilíbrio técnico tremendo. [O volante paraguaio Villasanti] ficou completamente zonzo. Vários tiveram estilhaços de vidros no corpo. Não há condições técnicas e psicológicas”, disse Romildo Bolzan Jr, presidente do Grêmio, em entrevista à Rádio Gaúcha.
Os suspeitos de atirarem as pedras e outros objetos estavam na Avenida Edvaldo Pereira Paiva próximo à rua Nestor Ludwig, em Porto Alegre.
Villasanti precisou passar por atendimento médico e foi levado a um hospital por uma ambulância. Após as 18h, o ônibus com o restante dos atletas e funcionários gremistas aguardava a escolta da Brigada Militar para deixar o estádio.
Às 18h30, em nova entrevista à RBS TV, Romildo confirmou que fez boletim de ocorrência, se manifestou formalmente ao Tribunal de Justiça Desportiva e apenas aguarda a chegada do presidente da FGF, Luciano Hocsman, para comunicar que não irá disputar o jogo.
“É certo que o Grêmio não joga. Chega disso. Tem precedentes, o jogo do Bahia esta semana. A posição do Grêmio tá tomada. Nós não vamos entrar em campo. Por nós, já tínhamos ido embora”, concluiu.
Ainda não foi definido se partida, prevista para as 19h, irá ocorrer ou será suspensa. O árbitro Leandro Vuaden afirma que, em primeiro momento, transferirá a disputa para as 21h, enquanto não há definição oficial da FGF.
O presidente do Inter, Alessandro Barcellos, diz que concorda com a não realização da partida e se solidarizou com o Grêmio.
“Não concordamos, é lamentável que tenha acontecido. O Internacional vai contribuir para que sejam identificados aqueles que fizeram isso”, disse, em entrevista coletiva.
G1 RS