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Foto: TP News

Os servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) no Rio Grande do Sul não farão atendimento presencial nas agências da Previdência Social, a partir desta segunda-feira (08). A decisão foi tomada em assembleia dos trabalhadores realizada neste sábado (06).

De acordo com o SindisprevRS, os trabalhadores do instituto permanecerão em trabalho remoto enquanto o Estado estiver em bandeira preta no modelo de distanciamento controlado. A entidade sindical garante que a concessão de benefícios não será prejudicada.

A medida anunciada pelos servidores leva em consideração o momento vivido pelo Rio Grande do Sul com o esgotamento dos leitos de UTI. As atividades serão mantidas através do teletrabalho, a exemplo do que ocorreu durante o ano de 2020 do período de março até setembro, quando as agências ficaram fechadas. O que motivou a decisão dos trabalhadores do INSS, foi a postura da gestão do Instituto que não cumpriu as exigências do protocolo sanitário e nem autorizou a fiscalização dos locais de trabalho pelo sindicato.

Conforme o diretor do SindisprevRS, Thiago Manfroi o sindicato não foi autorizado pela gestão da autarquia a fiscalizar os locais de trabalho para averiguar se os protocolos estariam sendo seguidos. “Os servidores do INSS estão assumindo seu compromisso social ao definir que não comparecerão ao trabalho presencial durante a bandeira preta”, relatou.

Manfroi afirma que nas agências de grande circulação, há relatos de servidores, como os militares contratados nas agências, que não utilizam máscaras e também de usuários que não seguem as regras de distanciamento social.

“O presidente do Instituto não nos recebeu, foram diversas tentativas de conversas para que pudéssemos garantir a segurança no atendimento presencial, muitos servidores se contaminaram e morreram de Covid-19, após o retorno que ocorreu em setembro do ano passado”, declara.

A chamada “Greve Sanitária” foi retomada pelos servidores. A paralisação consiste na realização das tarefas do serviço público, como a concessão de benefícios, mas sem prestar atendimento presencial.

“Continuaremos trabalhando. No ano passado conseguimos baixar significativamente o número de benefícios contingenciados, não iremos parar. Não tomaremos nenhuma atitude que prejudique os segurados e a população como um todo, mas estamos dando um recado claro ao INSS, pois lutamos pelo direito à nossas vidas”, concluiu Manfroi.

O Sul