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A chuva que atingiu as Missões do Rio Grande do Sul pode ter freado o ritmo dos ataques de gafanhotos nativos, que vêm sendo registrados na região. A avaliação foi feita pelo chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Secretaria de Agricultura do Estado, Ricardo Felicetti, nesta sexta-feira (4).
Felicetti descarta, neste momento, uma ação química para combater os insetos, o que deve ser acionado em caso de danos ou risco de prejuízos a culturas. A região é produtora de soja.
A chuva reduz a mobilidade dos gafanhotos, e a umidade facilita aparecimento de doenças e fungos nos gafanhotos, o que reduz a população, explica o chefe da divisão. Os insetos gostam de locais secos e temperatura mais elevada.
Sobrevoo à região também indicou que os estragos causados pelos insetos permanecem mais intensos em coberturas de árvores, com alcance pequeno em lavouras.
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“Há grande desfolhamento em área de mata nativa entre São Valério do Sul e Santo Augusto, no Noroeste do Rio Grande do Sul”, descreve, em nota no site da pasta da Agricultura, o fiscal estadual agropecuário André Ebone, estimando de 20 a 30 hectares de mata “com severos danos” na Reserva Indígena Inhacorá.
Felicetti informa que os monitoramentos vão continuar, em paralelo é feita a avaliação de há necessidade de ação química. Ele também admite que é preciso estudar mais a ocorrência “para avaliar o que é anormalidade”, em relação aos registros que se tinha da espécie.
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O gafanhoto detectado no Noroeste gaúcho é nativo e não migratório, como os registrados na Argentina. São indivíduos adultos de Zoniopoda iheringi e ninfas de Chromacris specios, de acordo com a bióloga Kátia Matiotti, da Pucrs, e amostras de ambos estão sendo estudadas no Laboratório de Manejo Integrado de Pragas da UFSM, de acordo com a Secretaria da Agricultura.
O chefe da divisão da pasta da Agricultura opina que fatores como mudanças no clima, com temperaturas mais elevadas e menos chuvas dos anos recentes, possam ter propiciado condições para a proliferação dos insetos.
Secom RS