Após dois meses da implementação do sistema de 3A’s, o Rio Grande do Sul não registra mais nenhuma região em estado de Alerta – quando se detecta tendência grave – para pandemia da Covid-19. Diante da melhora nos indicadores, o Gabinete de Crise e o governador Eduardo Leite anunciaram, nesta quarta-feira, a retirada do alerta das sete regiões – Cachoeira do Sul, Caxias do Sul, Palmeira das Missões, Passo Fundo, Pelotas, Santa Rosa e Uruguaiana – que ainda restavam nesta situação. Em coletiva, o chefe do Executivo atribuiu a decisão a queda consistente dos números apresentados em todo o Estado de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e clínicos.
“Os indicadores estão melhorando, não estamos em situação de tranquilidade, mas os indicadores nos mostram a possibilidade de retirar todos os alertas. Temos uma tendência persistente de redução de internações clínicos e de UTIs”, pontuou Leite, que está em Brasília.
Vacinado na última terça-feira, o governador exaltou a marca de mais de 50% dos gaúchos adultos vacinados e também colocou no horizonte uma possível antecipação no calendário de imunização. “Nossa previsão segue: vacinar todos adultos com pelo menos uma dose até o começo de setembro. Estamos revisando um possível adiantamento. Eu mesmo sou um exemplo disso, me vacinei com duas semanas de antecedência e acredito que muito possivelmente esse adiantamento ocorrerá para todos”, salientou.
Apesar do momento distinto dos piores momentos da pandemia no RS, Leite descartou “tranquilidade” e informou também o envio de avisos para todas as 21 regiões Covid sobre a variante Delta e seus perigos. O Estado investiga dois casos suspeitos que ainda não tiveram confirmação.
“Não estamos em uma situação de tranquilidade. Ainda aguardamos os testes para sabermos se a variante Delta chegou ao Estado e onde estão os casos. Temos dois casos de confirmação em estudo na FioCruz. São de Gramado e Santana do Livramento. A Delta é uma preocupação no mundo e também é para nós”. Conforme o SES, a queda nas internações em leitos clínicos já ocorre em uma velocidade menor e exige vigilância.
Correio do Povo