Estado
Foto: Reprodução

O ajudante geral Maicom da Cruz ficou ilhado em um prédio em Alvorada logo no início das enchentes e nadou por cinco horas para se salvar, agarrado a um saco de roupas. Ele perdeu o contato com a família por três dias. “Eu tentava falar com ele e não conseguia, todo mundo ficou ilhado, falei com todos os meus filhos, mas com ele não conseguia mais”, disse a mãe de Maicom, Adriana da Cruz, 45, cozinheira e cuidadora de idosos.

Ele ficou preso em um prédio onde prestava serviços como ajudante geral e, após três dias sem comunicação, decidiu se arriscar na enchente. “Ele avisou a esposa que estava ilhado, ficou sem bateria e ninguém mais teve contato”, relatou Adriana. O jovem foi resgatado no dia 7 de maio. “Minha filha mandou um vídeo e, no primeiro momento, achei que era ele auxiliando no resgate, mas, na verdade, estava sendo salvo. Entrei em pânico, ele estava com a mochila de roupa do trabalho, nadou das 8h30 às 13h30, não tinha mais fôlego, estava quase se entregando”, contou Adriana.

‘Se pegasse um buraco não estaria mais aqui’

Foi um casal de voluntários quem encontrou Maicom boiando e agarrado a um saco. O empreiteiro de obras David Menezes, 37, e a esposa e sócia Karina Machado, 36, estavam auxiliando nos resgates quando viram o homem. “Estávamos para resgatar um casal de idosos e animais. Foi quando pessoas em outro barco passaram e disseram ter um rapaz se afogando lá no canto”, disse Menezes.

“Chegamos lá e ele estava muito mal, se afogando, segurando-se em uma sacola que parecia de lixo, mas eram suas roupas. Se ele pegasse um buraco acho que não estaria aqui para contar a história, estava só com a cabeça de fora”, completou Menezes.

Graças ao esforço dos voluntários, Maicom foi salvo e pode reencontrar sua família após o terrível susto.

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