Estado
Foto: Divulgação

Apesar de o governo do Rio Grande do Sul ainda não ter uma data definida para o início da vacinação contra o coronavírus, uma coisa já é certa: quem serão os primeiros a receberem a injeção. Segundo a titular da Secretaria Estadual da Saúde (SES), Arita Bergmann, a prioridade inicial caberá a dois segmentos: os profissionais da área da saúde e os idosos que residem em asilos.

Em entrevista à Rádio Gaúcha na manhã desta quinta-feira (7), ela explicou tratar-se de uma estratégia para contornar uma limitação logística, já que o Estado deve adquirir um lote de 2 milhões de vacinas do laboratório britânico Astrazeneca (importadas da Índia) para dar largada ao processo, mas dificilmente receberá todas essas doses na primeira remessa, prognóstico que motivou a escolha dos dois públicos-alvo.

Ainda segundo Arita, a rede gaúcha de saúde será preparada para buscar uma cobertura ampla e ágil desses dois públicos. “Mas isso dependerá da quantidade de doses que vão chegar”, ressalvou. À medida em que mais imunizantes estiverem disponíveis, a ideia é vacinar outros segmentos prioritários, como os idosos em geral, índios etc., em um total que pode chegar a 4,5 milhões dos 11,3 milhões de gaúchos, o que representa cerca de 40%.

Em ritmo de espera

Ao que tudo indica, o governo do Estado deverá esperar até o fim do mês pelas vacinas a serem fornecidas pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde. Se houver demora por parte de Brasília, uma das alternativas poderá ser a aquisição da Coronavac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac e que no Brasil conta com a parceria do Instituto Butantan, de São Paulo.

Nesta quinta-feira, um dia após o governo federal publicar uma medida provisória (MP) que permite ao poder público a compra de insumos e vacinas contra o coronavírus sem a necessidade de licitação, o governador gaúcho Eduardo Leite divulgou um vídeo no qual garante que o Estado está preparado para iniciar a imunização contra o coronavírus. “É importante tranquilizar a população”, frisou.

Ele garantiu que o Rio Grande do Sul conta com estoque de seringas, infraestrutura e logística para essa finalidade, além de planos de contingência para uma eventual necessidade de maior mobilização se as ações do governo federal se mostrarem insuficientes.

“Tenham a certeza de que nós estamos atentos e trabalhando fortemente para garantir a imunização e a superação deste quadro em relação ao coronavírus neste ano de 2021”, acrescentou. Ele acrescentou que a articulação logística envolve as prefeituras gaúchas e empresas do setor privado, muitas das quais já se ofereceram para ajudar, das mais variadas formas.

Leite também destacou que está em contato direto com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para garantir que o Rio Grande do Sul receba as doses necessárias para imunizar toda a população gaúcha o mais breve possível. Leite afirmou que a publicação da medida provisória pelo governo federal “renova a confiança” na coordenação nacional de todo o processo de vacinação no Brasil.

O Sul