No domingo (17/1), um dos últimos passos foi dado para liberar a vacinação contra a Covid-19 à população brasileira. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso emergencial de duas vacinas: a CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a Sinovac, e a da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), desenvolvida com a Astrazeneca/Universidade de Oxford. Com isso, a expectativa do governo do Estado é iniciar a imunização dos gaúchos até quinta-feira (21/1).
“Amanhã mesmo deve começar a distribuição da primeira aos estados. Vacinação, assim, possível de ser iniciada até o dia 21 (talvez 20). O RS está pronto! #vacinaJÁ. Nossa Rede de Frio, a logística de distribuição para as coordenadorias regionais de saúde, as seringas agulhadas… tudo pronto para o início da imunização no estado”, manifestou o governador Eduardo Leite nas redes sociais neste domingo (17/1).
O Programa Nacional de Imunizações (PNI), para garantir a qualidade dos imunobiológicos adquiridos e ofertados à população, conta com uma Rede Nacional constituída por uma estrutura física, chamada Rede de Frio, que viabiliza seu processo logístico. A estrutura da rede frio deve ser organizada desde a instância nacional até a local. À estadual cabe organizar centrais estaduais de armazenamento e distribuição de imunobiológicos em câmaras frias.
Leite também cumprimentou o governador de São Paulo, João Doria, que viabilizou a parceria internacional do Butantan, e agradeceu ao Ministério da Saúde, que fez a parceria da Fiocruz com a Oxford/Astrazeneca e enviará as duas vacinas aos estados.
“E, principalmente, VIVA A CIÊNCIA! Obrigado aos cientistas!!”, escreveu o governador.
A Secretaria Estadual da Saúde (SES) distribuiu às 18 coordenadorias regionais, desde dezembro, 43 novas câmaras frias para a conservação de vacinas, antecipando a logística para a vacinação contra a Covid-19. Ao todo, são 96 equipamentos em funcionamento nas regionais da SES, cobrindo todos os municípios do Rio Grande do Sul. Somada à estrutura da Central Estadual de Distribuição e Armazenamento de Imunobiológicos (Ceadi), em Porto Alegre, a capacidade total de armazenamento é para até 10 milhões de doses.
Assim que as doses chegarem ao Estado, seguem para a Ceadi. No local, é feita a separação para as regionais, de acordo com critérios populacionais dos grupos a serem vacinados e de acordo com o volume recebido. Do local, partem os caminhões para as 17 regionais do interior, para a regional com sede na capital e para a central de armazenamento da Secretaria de Saúde de Porto Alegre.
Em relação às agulhas e seringas, a SES terminou 2020 com um estoque de 4,5 milhões de seringas, e foram adquiridas, por registro de preços, mais 10 milhões de seringas agulhadas. A entrega desses insumos aos municípios será escalonada e integrada com a distribuição da vacina.
Também há cerca de 1,8 mil salas de vacinas em todo o Estado. Em cada município, a gestão local poderá definir as melhores formas de vacinar sua população e evitar aglomerações, como indicar locais e horários que funcionem melhor para cada realidade.
De acordo com o Plano Nacional de Imunização, os grupos prioritários para a campanha são profissionais na linha de frente em contato direto com o vírus, como pessoas que trabalham em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), centros de triagem e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu); idosos em lares de longa permanência; idosos fora desses lares escalonados por faixa etária (mais de 80 anos; de 75 a 79 anos; de 70 a 74 anos); indígenas e quilombolas. A estimativa é que cerca de 1 milhão de pessoas façam parte dessas populações no Estado.
G1 RS