Estado
Foto: Itamar Aguiar / Palácio Piratini / CP

O governador Eduardo Leite foi fortemente vaiado por manifestantes contrários ao seu pacote de mudanças na administração pública, durante o lançamento da operação RS Verão Total 2020, realizado neste sábado, 21, na avenida Beira-Mar de Capão da Canoa. Desde o momento em que foi anunciado, o chefe do Executivo foi alvo de xingamentos e rebateu os gritos opositores após cumprimentar as autoridades presentes. “Podem vaiar o quanto quiser, podem bater sineta o quanto quiser, nós não vamos nos desviar no nosso caminho de reformar esse Estado, de melhorar o Rio Grande para poder botar esse Estado para crescer”, defendeu, elevando o tom de voz.

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Leite direcionou suas primeiras palavras justamente aos críticos de suas propostas. “Tenho, apesar dos 34 anos de idade, uma vida pública já de 15 anos. Sempre recebendo vaias e sempre crescendo em votações. Pode pesquisar no YouTube, na minha primeira Fenadoce lá de Pelotas fui extremamente vaiado. Depois, tive 90% de aprovação, tive 90% dos votos da minha cidade para governador. As vaias que estamos recebendo agora é porque tiramos a bunda da cadeira. As mudanças significam mexer na zona de conforto”, disse.

O governador defendeu que “desrespeito ao professor seria ver o caos que está as finança e não fazer nada”. “Seria nos omitirmos e deixarmos uma estrutura que não tem como se sustentar e cujo primeiro efeito já se sente no parcelemento dos servidores. Eu sempre disse que o atraso do pagamento é um dos primeiros sintomas de uma doença mais grave que, se não for tratada, vai levar o paciente a óbito”, afirmou, enquanto parte da plateia gritava retira. Ele completou argumentando que a razão para as reformas é a volta do pagamento em dia e da perspectiva de promoção na carreira.

Com gritos de “mentiroso” e “retira”, dezenas de professores, mesmo em menor número do que os simpatizantes do governo, fizeram mais barulho, munidos de apitos e cartazes como “Esse guri não deu bom”. Os apupos só cederam à execução dos hinos Nacional e Riograndense. A fala do ex-governador, Ranolfo Vieira Júnior, foi quase inaudível, coberta pelas manifestações de protesto.

Com informações do Correio do Povo