A Polícia Militar localizou Rafael Nunes da Silva, de 41 anos, conhecido como ‘Mendigato’ nas redes sociais, na região central do Rio de Janeiro. Ele estava desaparecido desde o dia 28 de fevereiro e havia sido visto pela última vez na Zona Portuária.
Rafael foi encontrado por policiais militares do projeto Lapa Presente na madrugada deste sábado (19) e foi levado para a 5ª DP (Mem de Sá). Os policiais contaram que tentaram contato, mas não conseguiram falar com nenhum familiar. Servidores da assistência social do Estado do Rio de Janeiro foram chamados para dar apoio e conversar com ele.
Como não havia nenhuma acusação contra Rafael e ele não quis ficar na delegacia, o homem voltou para as ruas na manhã deste sábado (19).
A família de Rafael, que reside no Paraná, pediu ajuda para tentar localizá-lo nas ruas do Rio de Janeiro. Ele tem esquizofrenia e luta contra o vício em drogas. O Disque Denúncia divulgou um cartaz com a imagem dele pedindo informações para encontrá-lo.
Rafael ficou conhecido após uma foto tirada da Praça Tiradentes, na Região Central de Curitiba (PR), pela fotógrafa Indy Zanardo, viralizar nas redes sociais. O homem chegou a se mudar do estado de origem para Niterói, na Região Metropolitana do Rio.
Vinda para o RJ
Rafael, atualmente com 41 anos, estava morando sozinho em Maricá, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, em uma quitinete. Segundo Clarissa Couto, com quem tem dois filhos, Rafael sumiu depois do dia 28 de fevereiro. A empreendedora acredita o desaparecimento esteja relacionado às recaídas em relação ao uso de drogas.
Desde 2017 ele travava uma luta para se livrar das drogas, mas estava tendo frequentes recaídas. Durante a pandemia, ele e Clarissa se separaram, e Rafael foi para o sul do país, onde estava se tratando com a ajuda do irmão.
No entanto, em 2021 ele voltou para o Rio de Janeiro para ficar perto dos filhos. Segundo Clarissa, nessa época ele estava bem clinicamente e trabalhando.
Porém, após o carnaval deste ano, ela percebeu que ele estava diferente.
“Percebi que ele não estava bem, no carnaval ele foi na minha casa para ver as crianças. No dia 28 foi lá de novo, levou laranja, chocolate e não voltou mais”, relata ela.
Ela só voltou a ter notícias em março, quando uma conhecida encontrou com ele na Zona Portuária do Rio. Na ocasião, ele disse que estava lá trabalhando. Mas Clarissa estranhou a falta de contato.
“Mesmo quando estava sem telefone ele sempre ligava, quase todos os dias”, conta.
Um mês depois, outra pessoa contou ter visto Rafael com roupas sujas nas calçadas do Centro do Rio. Outra disse tê-lo encontrado no Aterro do Flamengo em agosto. Um transeunte afirma que ele esteve na Rua do Catete nesta sexta (18).
“Eu preciso achar ele para dar tratamento a ele. Ele precisa viver com dignidade. Hoje ele tem traços de esquizofrenia, ele precisa do tratamento, que estava sendo feito enquanto estávamos juntos”, desabafa Clarissa.
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G1