Fenômeno

Atrasado, La Niña deve começar ainda em 2024 e ser mais fraco do que em outros anos

Previsto para começar entre novembro e dezembro deste ano, o La Niña deverá ser fraco e rápido. Mesmo assim, para meteorologistas, pode impactar na frequência da chuva e na temperatura durante o verão.

Pela previsão anterior o fenômeno já estaria em vigor, tendo se iniciado após o inverno. Murilo Lopes, meteorologista da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), afirma que é difícil saber o motivo exato do atraso. Mas, é por conta dessa demora que os efeitos deverão ser mais fracos e menos duradouros, diferentemente do que foi registrado em 2020, 2021 e 2022.

— Temos a tendência de um episódio fraco, e isso contribui para não termos uma seca mais severa. Geralmente, o La Niña se forma no final do inverno e já está mais definido quando chega o verão, e aí os impactos são mais significativos. Além dos efeitos, agora o período de atuação vai ser mais curto, porque está se formando em uma época que não é comum — acrescenta.

Segundo boletim mais recente da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, o fenômeno deve durar até março de 2025.

A estiagem no Rio Grande do Sul é uma marca do La Niña, uma vez que o fenômeno pode diminuir o volume e a frequência da chuva, aumentando a seca. Guilherme Borges, meteorologista da Climatempo, acredita que essa não deve ser uma preocupação dos gaúchos desta vez, já que os efeitos não serão tão marcantes quanto foram na última vez que o fenômeno ocorreu.

— Esses efeitos mais negativos do La Niña ainda não são tão claros nas projeções. Mas, se reduzir um pouco a chuva, estaremos no auge da nossa estação chuvosa, então pode deixar a chuva um pouco abaixo da médiaProvavelmente não veremos efeitos catastróficos na agricultura e em outros setores — afirma.

Lopes explica que a chuva irregular deve afetar, principalmente, a Fronteira Oeste e a Campanha. Nessas regiões, deve ser abaixo da média em dezembro e janeiro. Outros locais do Estado também podem registrar anomalias negativas durante este verão, segundo Marcelo Schneider, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet):

— Chuva abaixo da média do centro para o oeste e sul do Estado. Volumes próximos da média no restante das regiões. Fevereiro pode ser um mês mais seco no Estado.

Além disso, Schneider e Lopes defendem que o fenômeno pode aumentar a sensação de calor em todo o Estado durante o verão. Regiões gaúchas podem registrar temperatura acima da média e, até mesmo, ondas de calor.

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