Fenômeno
Foto: Vitor de Arruda Pereira/Agora RS

Os agricultores do Rio Grande do Sul podem enfrentar desafios adicionais na safra agrícola 24/25 devido às variações do clima.

Segundo o Boletim trimestral do Copaaergs (Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul), o fenômeno La Niña deve ocorrer especialmente a partir da segunda metade do inverno e decorrer da primavera.

Após intensas precipitações e alagamentos, provocados principalmente pelo fenômeno climático El Niño, os prognósticos climáticos indicam a chegada de La Niña, que representa a baixa e irregular distribuição das chuvas durante a estação de cultivo da soja no Sul do Brasil.

Para o especialista Fernando Arnuti, os agricultores precisarão se atentar a dois pontos fundamentais, que são a escolha da cultivar de soja mais apropriada e o escalonamento da época de semeadura como estratégias para minimizar o risco de perda de produtividade.

O primeiro critério a ser considerado na escolha de uma cultivar de soja é o grupo de maturação relativa (GMR), que representa a duração em dias do ciclo de desenvolvimento da soja. No Sul do Brasil, consultores e agricultores podem escolher conforme as peculiaridades de cada região as cultivares de soja com GMR entre 4,9 e 6,7.

De modo geral, quanto maior for o GMR, maior será a duração do ciclo de desenvolvimento da cultivar.

“Cultivares com maior GMR (exemplo TMG 7362 IPRO e TMG 2165 IPRO) são as mais apropriadas para anos de La Niña, pois apresentam maior duração na fase de desenvolvimento vegetativa, o que possibilita reduzir o risco de ocorrência de déficit hídrico durante o enchimento de grãos”, ressaltou Arnuti.

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