NASA mostra avanço da estiagem no RS; veja as regiões mais afetadas

A estiagem no Rio Grande do Sul, agravada pela chuva irregular e calor extremo, compromete de forma significativa a safra de verão, com perdas irreversíveis nas culturas de milho e soja.

Segundo dados da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), a quebra na safra de soja pode chegar a 21%, com a produtividade reduzida de 61 para 47,8 sacos por hectare.

Regiões como Alto Uruguai, Fronteira Oeste e Missões são as mais afetadas, com perdas irreparáveis especialmente em áreas semeadas em outubro.

“As variações de produção entre cooperativas e regiões são grandes, podendo oscilar de 5% a 50%”, afirma Paulo Pires, presidente da FecoAgro/RS.

No milho, cerca de 70% da colheita já foi concluída em municípios como Santa Rosa e São Borja.

No entanto, a estiagem que persiste desde dezembro trouxe estresse hídrico, prejudicando o desenvolvimento das plantas em fases críticas como o florescimento.

Mapas do Sistema GRACE da NASA Detalham o Cenário Crítico

Dados do sistema GRACE da NASA apontam uma queda acentuada na umidade do solo, especialmente no Oeste e Noroeste do estado.

A segunda semana de janeiro registrou o maior déficit hídrico, embora chuvas localizadas tenham trazido algum alívio para determinadas regiões.

A evapotranspiração intensa, agravada por temperaturas que ultrapassam 35°C e até 40°C em algumas localidades, acelera a perda de umidade do solo, limitando o desenvolvimento das culturas agrícolas.

Esse processo, que combina a evaporação do solo e a transpiração das plantas, é crítico para o balanço hídrico e a produtividade das lavouras.

Impactos Econômicos e Preocupação com o Futuro

Embora o ano anterior tenha sido chuvoso, criando reservas hídricas iniciais, o tempo seco e o calor persistentes reduziram significativamente essas reservas, de acordo com a MetSul.

Agricultores enfrentam não apenas prejuízos financeiros, mas também incertezas sobre os próximos ciclos de cultivo, enquanto cooperativas e órgãos governamentais monitoram de perto os impactos da estiagem.

Com o cenário climático desafiador, especialistas reforçam a importância de medidas para mitigar os efeitos da seca, garantindo a sustentabilidade da produção agrícola no estado.

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