Modelos de clima em suas projeções neste mês de abril intensificaram ainda mais o El Niño previsto para atuar na segunda metade deste ano. As simulações computadorizadas de grandes centros internacionais de Meteorologia sinalizam um evento de forte a muito forte intensidade, e algumas chegam a projetar um evento do fenômeno muito intenso.
No momento, o Pacífico oficialmente ainda está em situação de neutralidade, ou seja, sem El Niño ou La Niña. O que há é um chamado El Niño costeiro, caracterizado pelo superaquecimento das águas superficiais do Oceano Pacífico nas costas do Peru e do Equador.
O El Niño na sua forma clássica, com aquecimento de uma extensa faixa do Pacífico na região equatorial, deve passar a atuar entre o fim do outono e o começo do inverno. Este é o evento que os modelos sinalizam possa ser de muito forte intensidade com impactos no clima de todo o planeta.
A média de uma dezena de modelos de clima dinâmicos processada pela Universidade de Colúmbia de Nova York indica o pico de intensidade do evento de El Niño para o trimestre de outubro a dezembro deste ano com anomalia média de +1,54ºC, ou seja, no patamar de um El Niño de moderado a forte. Ocorre que alguns modelos, sendo que vários entre os principais usados internacionalmente e gerados por grandes centros meteorológicos mundiais, indica um aquecimento para o segundo semestre deste ano em patamar de El Niño muito forte a intenso, mesmo em patamar do que se convencionou chamar de Super El Niño.
O QUE OCORREU QUANDO HOUVE SUPER EL NIÑO
Todos os episódios de Super El Niño trouxeram graves consequências nas latitudes médias da América do Sul com excesso de chuva e enchentes em alguns casos catastróficas. O Centro e o Nordeste da Argentina, o Uruguai, o Sul do Brasil e o Paraguai sofreram com eventos extremos de chuva e períodos excepcionalmente chuvosos, além de muitas tempestades fortes a severas, em anos de Super El Niño.
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